Um dia diferente...
Olá caros
leitores!
Com o objetivo de fomentar a
reflexão, a capacidade de interação e a relação com outros ambientes, que fazem parte
da nossa sociedade, foi organizada uma visita as instalações do Regimento de
Infantaria de Beja, da qual fizeram parte por todos os meninos com Necessidades
Educativas Especiais, doravante NEE, das escolas públicas de Beja.
Ao
longo das últimas décadas, tanto a nível internacional, como a nível nacional,
foram tomadas várias iniciativas e elaborados vários documentos com o objetivo
de impulsionarem os princípios da escola inclusiva, desafiando todos os profissionais
que laboram quotidianamente com o público com necessidades educativas especiais
a enfatizarem as capacidades destas crianças e a promoverem situações de
aprendizagem que permitam aumentar o seu sucesso e preparação para a vida em
sociedade.
No que confere a Portugal, “foi durante
o século XX, mais especificamente no decorrer da década de setenta, que se
iniciou a integração escolar influenciada pelas diferentes correntes
ideológicas ligadas à educação especial e decorrente do alargamento da escolaridade
à população em geral. Atualmente, os princípios e as práticas intrínsecas à
inclusão, alicerçam-se na Declaração de Salamanca cujo objetivo primeiro, claro
e inequívoco, foi a promoção de uma escola regular para todos,
independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais,
linguísticas ou outras e que, através de uma educação diferenciada, responda às
necessidades educativas individuais dos seus frequentadores. Assim, a
Declaração de Salamanca (1994) declara que as crianças com necessidades
educativas especiais devem frequentar escolas de ensino regular e acrescenta
que estas constituem um dos meios mais eficazes para combater a discriminação e
ao mesmo tempo fomentar uma sociedade inclusiva que proporcione uma educação
adequada a todos sem exceção. Portugal foi um dos muitos países que subscreveu
esta declaração comprometendo-se, dessa forma, a desenvolver o sistema
educativo no sentido da inclusão de todas as crianças e jovens, independentemente
das diferenças ou dificuldades individuais.” – Dissertação: Conceções
e práticas de professores de 2º e 3º ciclo do Ensino Básico face à inclusão de
crianças com Necessidades Educativas Especiais (Rebelo;2011)
Figura 1 - Educação Especial |
Encontramo-nos
assim, no entender de Bautista (1997) perante um novo “modelo de escola aberta
à diferença, onde se tenta que as minorias encontrem uma resposta às suas
necessidades especiais”. Não obstante, este desafio implica uma mudança
organizacional profunda na forma como hoje em dia se faz educação (Correia,
2005), ou seja, exige modificações, quer a nível dos recursos físicos,
materiais e humanos, quer a nível da sala de aula, relação pedagógica e aspetos
curriculares. Neste contexto, a escola tem “como função principal gerir, e
criar condições de processos democráticos, funcionando como centro cultural e
educacional dos alunos e da restante comunidade escolar. Deve promover-lhes o
desenvolvimento integral numa perspetiva de preparação para a vida social,
profissional e como cidadãos críticos e construtivos.” (Santos, 2007). A
filosofia inerente à escola inclusiva pressupõe, assim, flexibilidade
curricular que segundo Sanches (2001) é um desafio à criatividade e inovação,
fazendo com que a diferença de cada um seja uma mais-valia para o grupo e para
a criança portadora de deficiência. Nesta perspetiva, adquire importância relevante
o desempenho do professor, no que respeita à diversificação das práticas
pedagógicas e no desenvolvimento de metodologias e estratégias que facilitem a
progressão da aprendizagem dos alunos, tais como, a diferenciação pedagógica,
adaptações curriculares ou o trabalho cooperativo.
A Educação Especial apresenta um percurso em
constante mudança.
Da situação em que a criança com Necessidades Educativas
Especiais (NEE) era excluída do contexto socioeducativo, passámos para uma nova
realidade: a inclusão. Nessa realidade tornou-se evidente a preocupação em dar
resposta a todas as crianças com NEE.
A adequação da
prática educativa e o estabelecimento de relações interpessoais empáticas podem
contribuir para a promoção desse envolvimento, de modo a que o atendimento
proporcionado às crianças com NEE as encaminhe no sentido do sucesso educativo.
Daí que a atitude e a qualidade científico-pedagógica dos docentes se torne
relevante. Aos educadores é exigido o desenvolvimento de uma pedagogia –EDUCAR- centrada na criança, a adaptar-se às
hipóteses estabelecidas quanto ao ritmo e natureza dos processos de
aprendizagem (Declaração de Salamanca, 1994).
O artigo seguinte pretende ser uma articulação entre a teoria e a
prática das várias tipologias das Necessidades Educativas Especiais,
possibilitando assim a transformação das representações sobre a realidade e das
ações concretas sobre a realidade, num processo dialético.
Nas páginas referentes às tipologias, é possível aceder a uma série de
orientações curriculares a serem adotadas pelas escolas e professores quando se
deparam com uma criança com Baixa Visão e Cegueira
No conjunto de
crianças que fizeram parte da visita inclui-se um grupo de
meninos que pertencem ao Clube de Proteção civil.
Figura 2 |
É neste âmbito, dos Clubes de Proteção Civil que se proporciona a nossa cooperação.
Os clubes de Proteção Civil, contam com inúmeras atividades, físicas e lúdicas, tal como disponibilizam a um vasto leque de crianças informação e instrução.
Neste grupo em especial trabalha diversos temas da Proteção Civil e tenta adaptar os mesmos as suas diferenças.
O grupo de trabalho com
Necessidades Educativas Especiais, é um grupo muito interessante, com diferentes
personalidades e realidades, no entanto consegue mediante as suas dificuldades
adaptar-se as situações e desempenhar um excelente trabalho.
Um conhecimento…uma dica.
Uma
forma de conhecer a vulnerabilidade das
instalações, dos equipamentos e dos espaços onde as crianças, adolescentes e
jovens circulam é por meio da identificação dos riscos no ambiente escolar,
com o objetivo de corrigi-los ou eliminá-los:
- Esse procedimento implica diagnóstico de situação com propostas de correção e envolvimento dos gestores e gerentes da educação e da saúde na adoção de soluções.
- Uma escola inclusiva deverá também considerar ambientes e equipamentos que permitam acessibilidade e livre-trânsito e apoio aos estudantes com deficiência.
- Os projetos e atividades relacionados com a comunidade educativa e os riscos do ambiente na saúde, como as áreas de lazer inadequadas, muros e vias de acesso, trânsito e outros que ofereçam riscos aos alunos, deverão apelar à participação dos jovens nos processos de tomada de decisão e no desenvolvimento de ações que contribuam para um ambiente saudável e sustentável, por meio da partilha de boas práticas e de um trabalho em rede (PORTUGAL, 2006).
“A Educação Ambiental é cada vez mais sinónimo de uma forma
de aprendizagem que pretende privilegiar a educação para a tomada de
consciência ambiental e para o desenvolvimento sustentável. A necessidade de uma
educação que tenha como objetivo a formação de cidadãos com cultura ambiental,
intervenientes e sobretudo preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do
meio ambiente é cada vez mais uma prioridade a assumir. Porém, nem todos os
cidadãos possuem a capacidade e acessibilidade de receber uma educação
ambiental adaptada às suas capacidades."
"Em 2006, durante o V Congresso
Ibero-Americano de Educação Ambiental foi proposto a inserção de uma educação
especial envolvendo pessoas com deficiência nas políticas públicas e programas
de educação ambiental. Apesar de em Portugal não haver valores concretos em
relação ao número de pessoas com deficiência, a sua integração e inclusão na
educação ambiental é uma realidade que deve ser encarada como sendo um direito
comum à vida. O objetivo desta comunicação é discutir e aprofundar a temática
da educação ambiental para deficientes, tendo como base, o caso de estudo do Eco
parque Sensorial da Pia do Urso, sendo o primeiro eco parque em Portugal
destinado especialmente para invisuais.” In Educação Ambiental na Deficiência: Caso de Estudo doEco parque Sensorial da Pia do Urso
O seu contributo é precioso.
Conto com o
seu comentário.
Até Breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário