Proteção Civil ...Um mundo.
Olá caros leitores.
A semana que decorreu verificou-se
muito agitada, para além dos projetos já delineados também se colaborou
com a iniciativa desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Beja. No
início da semana realizou-se uma ação de sensibilização com os pais dos alunos,
do 1º ano, da Escola Básica de Santa Maria, em Beja, no âmbito de um projeto
que se encontra a decorrer, em parceria com a Autoridade Nacional de Proteção
Civil, com o nome Arco-íris da Segurança. Ao longo da semana decorreram
algumas atividades referentes ao dia Mundial da Proteção Civil, organizadas
pela Proteção Municipal de Beja.
Em relação a ação de sensibilização
realizada na escola, o projeto Arco-íris da Segurança visa munir os alunos de
ferramentas para uma cultura de segurança, em conformidade com o plano
curricular são trabalhados alguns conceitos de segurança, como por exemplo:
- Segurança em casa
- Segurança na rua
- Sismos
- Inundações
- Saber pedir socorro – 112
Os conteúdos são introduzidos ao
longo do ano escolar e são trabalhos com pequenas sessões onde as crianças
podem visualizar os vídeos referentes aos temas e se procede a uma discussão do
tema com todos os intervenientes, crianças e as educadoras.
Uns dos projetos que se tem vindo a desenvolver e que prima pela originalidade, é o projeto “Saber pedir socorro – 112”. Os alunos dos 3 aos 4 anos aprendem o que se deve fazer em caso de emergência, como marcar o 112, dizer o nome e a morada, e saber descrever a situação.
Este projeto, é um vencedor, a quando de uma situação de emergência:
- Uma mãe, com 30 anos, encontrava-se
sozinha com o seu filho sentindo-se mal perdendo os sentidos, a criança
ciente do que aprendeu nas aulas lembrou-se da brincadeira que tinha
realizado na sala de aula, relativamente ao projeto, e marcou o 112. Todas
as perguntas remetidas pela emergência forma respondidas de
forma assertiva a cada pergunta que lhe era remetida.
Em 5 minutos é enviado o INEM
para a morada e socorrida a mãe da criança.
Hoje em dia a mãe encontra-se
bem de saúde e deveu em parte a coragem e conhecimento do seu filho. Na
sequência de um acidente ou de uma doença súbita, a probabilidade de
sobrevivência e recuperação das vítimas depende da capacidade de quem presencia
o acontecimento, saber quando e como pedir ajuda é extremamente importante
“Até há algum tempo atrás,
considerava-se que as crianças pequenas tinham poucas capacidades de memória.
Estranhamente, qualquer pai, mãe ou simplesmente, bom observador, deve ter
registado a crença oposta. Do ponto de vista da pesquisa, a grande alteração surgiu
quando a partir da década de 70 se deixou de olhar para a memória como um
processo distinto e separado dos outros processos cognitivos mas antes, como
uma atividade cognitiva embebida nas tarefas cognitivas e sociais.”
in (Guerreio & Matta, 1999).
"É a escola, como instituição
formal, que aparece relacionada com a situação de se ter que memorizar algo
para alguém poder ver e avaliar. Para além disso, o processo de escolarização
leva a criança a exercitar as suas capacidades menésicas e a saber quando e
como utilizar as melhores estratégias para memorizar e recordar." in (Guerreio & Matta,1999).
No prosseguimento da ação de
sensibilização, todos os meninos realizaram um convite para entregar aos
pais no qual indicava o dia e a hora da ação. No entanto foi com alguma
plangência que constatamos que de todos os convites enviados, mais os menos 80,
apenas 10 pais se encontravam presentes.
Para esta ação foi necessário criar
um folheto, com as áreas de intervenção que se encontram a ser trabalhadas
pelos alunos. Este pretende dar a conhecer os conteúdos ministrados pelos
meninos, na escola e ser um instrumento de informação aos pais de todas as
atividades pelo Clube de Proteção Civil. Este tipo de iniciativas é
importante para esclarecer as dúvidas dos pais e sensibilizar para uma cultura
de segurança.
Disponibiliza-se o folheto para consulta:
Figura 2 - Face 1 do folheto |
Figura 3 - Face 2 do folheto |
No início do mês de
Março comemorou-se o dia Mundial da Proteção Civil.
O dia Mundial da Proteção Civil foi criado por decisão da Assembleia Geral,
Organização Internacional de Defesa Civil (ICDO) em 1990 e é comemorado todos
os anos no dia 1 de Março. Este dia celebra a entrada em vigor da Constituição, Organização
Internacional de Defesa Civil (ICDO) como uma organização intergovernamental em
1972, e tem dois propósitos principais:
- · O de trazer à atenção do público mundial a importância vital da Proteção Civil, de sensibilização para a preparação, e de medidas de prevenção e autoproteção em caso de acidentes ou catástrofes;
- · Homenagear os esforços, sacrifícios e realizações de todos os serviços nacionais responsáveis pela luta contra as catástrofes. in (ICDO)
"As Jornadas Mundiais são uma ocasião para uma
variedade de eventos nacionais: colóquio, conferências, rádio e televisão
debates, jornadas de portas abertas, prevenção de desastres e simulação de
exercícios, e uma oportunidade para fazer um balanço do desenvolvimento das
estruturas de proteção civil e da técnica existente e equipamento meios
disponíveis." in (ICDO)
"Esta iniciativa visa atrair a atenção de todos
os países do mundo para a importância dos temas associados à proteção civil,
nomeadamente para a prevenção. Este ano, o enfoque foi uma cultura de prevenção
para uma sociedade mais segura. Ao abrigo desta comemoração, os vários países
são encorajados a promover toda uma série de iniciativas que vão desde a realização
de seminários, elaboração e difusão de comunicados de imprensa, visitas as
instalações dos serviços de proteção civil nacionais..." in (ANPC)
A ANPC tem participado ao longo dos últimos anos, e de
uma forma muito ativa, nas comemorações do Dia Mundial da Proteção Civil.
Figura 4 - Dia Internacional da Proteção Civil |
Este ano foram realizadas algumas atividades a nível
municipal, citam-se duas:
Câmara Municipal de Beja
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo.
Em cada município existe uma Comissão Municipal
de Proteção Civil (CMPC), organismo que assegura que todas as entidades e
instituições de âmbito municipal, imprescindíveis às operações de proteção e
socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave
ou catástrofe, se articulam entre si, garantindo os meios considerados
adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto
O sistema de proteção civil do nosso país está
enquadrado em diversos agentes, cada um deles com a sua responsabilidade e
linhas de ação. Assim, temos - e por ordem hierárquica das entidades
responsáveis pela proteção Civil:
o A Assembleia
da República;
o Conselho de Ministros;
o Primeiro-Ministro;
o Conselho Superior de Proteção
Civil;
o Comissão Nacional de Proteção
Civil.
Estrutura Organizativa dos serviços de Proteção
Civil:
o Serviço Nacional de P. C.;
o Serviços Regionais de P. C.;
o Serviços Municipais de P. C..
A coordenação operacional destes serviços, está a
cargo dos Centros Operacionais de Proteção Civil - que serão ativados em caso
de situações de emergência. in (Proteção Civil).
Existem ainda instituições não-governamentais de
proteção civil - Agentes de Proteção Civil - localizadas na área do município,
e que exercem funções importantes nas questões de Proteção Civil Municipal (e
Nacional). Estas instituições, têm missões nos domínios do aviso, alerta,
intervenção, apoio e socorro, de acordo com as suas atribuições próprias. São
elas, entre outras, a Cruz Vermelha Portuguesa, Associações Humanitárias de
Bombeiros Voluntários, CNE, grupos de ecologia e defesa do ambiente, serviços de
segurança e/ou socorro de empresas privadas, etc. (Proteção Civil).
Com a entrada em vigor da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, é estabelecida
uma nova moldura legal de enquadramento institucional e operacional no âmbito
da Proteção Civil Municipal. Este diploma impôs aos Municípios a criação do
respetivo Serviço Municipal de Proteção Civil, aos quais cabe desenvolver
atividades de planeamento de operações, prevenção, segurança, e informação
pública, tendentes a prevenir riscos coletivos inerentes à situação de acidente
grave ou catástrofe, de origem natural e ou tecnológica, de atenuar os seus
efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas
situações ocorram e apoiar a reposição da normalidade da vida. Os Serviços
Municipais de Proteção Civil têm como objetivo o cumprimento dos planos e
programas estabelecidos, e a coordenação das atividades a desenvolver nos
domínios da Proteção Civil.
Em relação a Câmara Municipal de Beja forma
delineadas algumas atividades, ou seja uma exposição de trabalhos, na cafetaria
da biblioteca Municipal de Beja, realizados pelos alunos que fazem
parte do clube de Proteção Civil, Escola secundaria Dom Manuel I,
Escola básica Mário Beirão e Escola básica Santa Maria. E
um seminário que decorreu no auditório da biblioteca Municipal de
Beja, sobre - “Fogos, uma realidade todos os anos”.
Figura 5 - Convite para assistir ao seminário |
O seminário “Fogos, uma realidade todos os anos”,
contou com a presença do vereador da Câmara Vítor Picado e outros elementos.
Apresenta-se o programa:
Figura 6 - Programa do seminário |
Neste dia, alguns colegas do curso de saúde ambiental,
a Ana, o Rui e o Luís, decidiram participar nas atividades e inscreveram-se
para assistir ao seminário. Está parceria de colegas constitui-o uma
mais-valia, pois foi possível trocar algumas ideias em relação ao seminário e ao
estágio de cada um.
Por último decorria junto do edifício da Casa da
Cultura de Beja, uma exposição de alguns meios da Proteção Civil. Esta
exposição foi uma excelente ideia, pela difusão e informação dos meios de
proteção disponível à população e pelo entretenimento que protagonizou as
crianças.
Aqui ficam algumas fotos do acontecimento:
Imagem 1 |
Imagem 2 |
Imagem 3 |
Os agentes de Protecção Civil são entidades que atuam sob a direção dos
comandos e chefias próprias e que exercem funções de aviso, alerta, intervenção
apoio e socorro, de acordo com as suas próprias atribuições. Para
melhor visualizar o trabalho destas entidades, deixo-vos um video produzido
pela ANPC
24 Horas na ANPC:
Esta semana, pelo número de atividades desenvolvidas e
pelos conceitos apreendidos conseguiu-se formar uma massa consistente de
aprendizagem o que proporcionou o desenvolvimento do estágio.
O técnico de saúde ambiental qualifica-se
como um profissional mais tecnicista, no entanto não pode descuidar do básico da
sociedade, ou seja deve conhecer as realidades e conseguir “vender” as
suas ideias. Realmente parece bastante fácil no entanto cada público dispõe
de características peculiares e deve-se tentar adequar a mensagem a estás
mesmas. A maior parte das vezes o que se verifica numa ação de sensibilização
em que englobe adultos, como foi o caso da realizada na última semana, é a
pouca afluência a mesma. Neste caso o técnico tem que conseguir não só passar a
mensagem como conseguir persuadir para se deslocarem a uma próxima intervenção.
Na sensibilização aos pais foi realizada uma
abordagem a segurança em casa, esta constitui uma das realidades
atuais, talvez pela falta de tempo que os pais dispõem para
acompanhar os seus filhos, ou por outras razões, por vezes delega-se um
pouco a segurança - “Nos últimos cinco anos os
acidentes relacionados com o tráfego rodoviário e o trabalho estão em constante
declínio, mas o mesmo não se verifica em relação aos traumatismos por acidentes
domésticos e de lazer. Neste momento, a maioria dos traumatismos (73%) são
devido a acidentes domésticos e de lazer, afetando particularmente grupos
vulneráveis, indivíduos com menos recursos, crianças e idosos. Existem grandes
diferenças entre os países quanto ao número de acidentes fatais e traumatismos
acidentais com tratamento hospitalar, por 100.000 habitantes. Em Portugal, o
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Departamento de
Epidemiologia, mantém em atividade o sistema nacional de vigilância
dos acidentes EVITA, recolhendo dados nos serviços de urgência sobre
acidentes domésticos e de lazer. Dados provisórios referentes a 2012 apontam um
internamento de 6,6% do total de acidentes reportados. É em crianças até aos 14
anos que ocorrem cerca de 41,5% do total de acidentes. Estes ocorreram
principalmente em casa (36,4%), na escola (22,7%) e em atividades ao ar livre
(11,5%), sendo relevante afirmar que 20,5% dos acidentes ocorreram dentro de
casa. Relativamente ao mecanismo de lesão a queda foi o que revelou uma
percentagem mais elevada (59,4%) seguida de atingido por
um objeto (11,7%). Dados que se têm mantido estáveis e que se
revelam como fundamentais para delinear programas de prevenção, tornando-se
necessário melhorar a recolha de informação.” in (INSA, 2013).
Até breve.
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