segunda-feira, 17 de março de 2014

Serviço externo


Proteção Civil ...Um mundo.

 

Olá caros leitores.


A semana que decorreu verificou-se muito agitada, para além dos projetos já delineados também se colaborou com a iniciativa desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Beja. No início da semana realizou-se uma ação de sensibilização com os pais dos alunos, do 1º ano, da Escola Básica de Santa Maria, em Beja, no âmbito de um projeto que se encontra a decorrer, em parceria com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, com o nome Arco-íris da Segurança. Ao longo da semana decorreram algumas atividades referentes ao dia Mundial da Proteção Civil, organizadas pela Proteção Municipal de Beja.

Em relação a ação de sensibilização realizada na escola, o projeto Arco-íris da Segurança visa munir os alunos de ferramentas para uma cultura de segurança, em conformidade com o plano curricular são trabalhados alguns conceitos de segurança, como por exemplo: 

  • Segurança em casa
  • Segurança na rua
  • Sismos
  • Inundações  
  • Saber pedir socorro – 112
Os conteúdos são introduzidos ao longo do ano escolar e são trabalhos com pequenas sessões onde as crianças podem visualizar os vídeos referentes aos temas e se procede a uma discussão do tema com todos os intervenientes, crianças e as educadoras.

Uns dos projetos que se tem vindo a desenvolver e que prima pela originalidade, é o projeto “Saber pedir socorro – 112”. Os alunos dos 3 aos 4 anos aprendem o que se deve fazer em caso de emergência, como marcar o 112, dizer o nome e a morada, e saber descrever a situação.
Este projeto, é um vencedor,  a quando de uma situação de emergência:

  • Uma mãe, com 30 anos,  encontrava-se sozinha com o seu filho sentindo-se mal perdendo os sentidos, a criança ciente do que aprendeu nas aulas lembrou-se da brincadeira que tinha realizado na sala de aula, relativamente ao projeto, e marcou o 112. Todas as perguntas remetidas pela emergência forma respondidas de forma assertiva a cada pergunta que lhe era remetida. 

Em 5 minutos é enviado o  INEM para a morada e socorrida a mãe da criança. 
Hoje em dia a  mãe encontra-se bem  de saúde e deveu em parte a coragem e conhecimento do seu filho. Na sequência de um acidente ou de uma doença súbita, a probabilidade de sobrevivência e recuperação das vítimas depende da capacidade de quem presencia o acontecimento, saber quando e como pedir ajuda é extremamente importante




Figura 1 - Imagens do 112

Até há algum tempo atrás, considerava-se que as crianças pequenas tinham poucas capacidades de memória. Estranhamente, qualquer pai, mãe ou simplesmente, bom observador, deve ter registado a crença oposta. Do ponto de vista da pesquisa, a grande alteração surgiu quando a partir da década de 70 se deixou de olhar para a memória como um processo distinto e separado dos outros processos cognitivos mas antes, como uma atividade cognitiva embebida nas tarefas cognitivas e sociais.” in (Guerreio & Matta, 1999).

"É a escola, como instituição formal, que aparece relacionada com a situação de se ter que memorizar algo para alguém poder ver e avaliar. Para além disso, o processo de escolarização leva a criança a exercitar as suas capacidades menésicas e a saber quando e como utilizar as melhores estratégias para memorizar e recordar." in (Guerreio & Matta,1999).

No prosseguimento da ação de sensibilização, todos os meninos realizaram  um convite para entregar aos pais no qual indicava o dia e a hora da ação. No entanto foi com alguma plangência que constatamos que de todos os convites enviados, mais os menos 80, apenas 10 pais se encontravam presentes.

Para esta ação foi necessário criar um folheto, com as áreas de intervenção que se encontram a ser trabalhadas pelos alunos. Este pretende dar a conhecer os conteúdos ministrados pelos meninos, na escola e ser um instrumento de informação aos pais de todas as atividades pelo Clube de Proteção Civil. Este tipo de iniciativas é importante para esclarecer as dúvidas dos pais e sensibilizar para uma cultura de segurança.

Disponibiliza-se o folheto para consulta:





Figura 2 - Face 1 do folheto

Figura 3 - Face 2 do folheto




No início do mês de Março comemorou-se o dia Mundial da Proteção Civil.        
O dia Mundial da Proteção Civil foi criado por decisão da Assembleia Geral, Organização Internacional de Defesa Civil (ICDO) em 1990 e é comemorado todos os anos no dia 1 de Março. Este dia celebra a entrada em vigor da Constituição, Organização Internacional de Defesa Civil (ICDO) como uma organização intergovernamental em 1972, e tem dois propósitos principais:
  • ·     O de trazer à atenção do público mundial a importância vital da Proteção Civil, de sensibilização para a preparação, e de medidas de prevenção e autoproteção em caso de acidentes ou catástrofes;
  • ·     Homenagear os esforços, sacrifícios e realizações de todos os serviços nacionais responsáveis ​​pela luta contra as catástrofes. in (ICDO)


"As Jornadas Mundiais são uma ocasião para uma variedade de eventos nacionais: colóquio, conferências, rádio e televisão debates, jornadas de portas abertas, prevenção de desastres e simulação de exercícios, e uma oportunidade para fazer um balanço do desenvolvimento das estruturas de proteção civil e da técnica existente e equipamento meios disponíveis."  in (ICDO)

"Esta iniciativa visa atrair a atenção de todos os países do mundo para a importância dos temas associados à proteção civil, nomeadamente para a prevenção. Este ano, o enfoque foi uma cultura de prevenção para uma sociedade mais segura. Ao abrigo desta comemoração, os vários países são encorajados a promover toda uma série de iniciativas que vão desde a realização de seminários, elaboração e difusão de comunicados de imprensa, visitas as instalações dos serviços de proteção civil nacionais..."  in (ANPC)


A ANPC tem participado ao longo dos últimos anos, e de uma forma muito ativa, nas comemorações do Dia Mundial da Proteção Civil.

Figura 4 - Dia Internacional da Proteção Civil

Este ano foram realizadas algumas atividades a nível municipal, citam-se duas:  
Câmara Municipal de Beja
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo.

 Em cada município existe uma Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC), organismo que assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal, imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe, se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto

O sistema de proteção civil do nosso país está enquadrado em diversos agentes, cada um deles com a sua responsabilidade e linhas de ação. Assim, temos - e por ordem hierárquica das entidades responsáveis pela proteção Civil:
o    A Assembleia da República;
o    Conselho de Ministros;
o    Primeiro-Ministro;
o    Conselho Superior de Proteção Civil;
o    Comissão Nacional de Proteção Civil.
Estrutura Organizativa dos serviços de Proteção Civil:
o    Serviço Nacional de P. C.;
o    Serviços Regionais de P. C.;
o    Serviços Municipais de P. C..

A coordenação operacional destes serviços, está a cargo dos Centros Operacionais de Proteção Civil - que serão ativados em caso de situações de emergência. in (Proteção Civil).

Existem ainda instituições não-governamentais de proteção civil - Agentes de Proteção Civil - localizadas na área do município, e que exercem funções importantes nas questões de Proteção Civil Municipal (e Nacional). Estas instituições, têm missões nos domínios do aviso, alerta, intervenção, apoio e socorro, de acordo com as suas atribuições próprias. São elas, entre outras, a Cruz Vermelha Portuguesa, Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, CNE, grupos de ecologia e defesa do ambiente, serviços de segurança e/ou socorro de empresas privadas, etc. (Proteção Civil).


Com a entrada em vigor da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, é estabelecida uma nova moldura legal de enquadramento institucional e operacional no âmbito da Proteção Civil Municipal. Este diploma impôs aos Municípios a criação do respetivo Serviço Municipal de Proteção Civil, aos quais cabe desenvolver atividades de planeamento de operações, prevenção, segurança, e informação pública, tendentes a prevenir riscos coletivos inerentes à situação de acidente grave ou catástrofe, de origem natural e ou tecnológica, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram e apoiar a reposição da normalidade da vida. Os Serviços Municipais de Proteção Civil têm como objetivo o cumprimento dos planos e programas estabelecidos, e a coordenação das atividades a desenvolver nos domínios da Proteção Civil.

Em relação a Câmara Municipal de Beja forma delineadas algumas atividades, ou seja uma exposição de trabalhos, na cafetaria da biblioteca Municipal de Beja, realizados pelos alunos que fazem parte do clube de Proteção Civil, Escola secundaria Dom Manuel I, Escola básica Mário Beirão e Escola básica Santa Maria. E um seminário que decorreu no auditório da biblioteca Municipal de Beja, sobre  - “Fogos, uma realidade todos os anos”.



Figura 5 - Convite para assistir ao seminário  


O seminário “Fogos, uma realidade todos os anos”, contou com a presença do vereador da Câmara Vítor Picado e outros elementos.

Apresenta-se o programa:


Figura 6 - Programa do seminário 

Neste dia, alguns colegas do curso de saúde ambiental, a Ana, o Rui e o Luís, decidiram participar nas atividades e inscreveram-se para assistir ao seminário. Está parceria de colegas constitui-o uma mais-valia, pois foi possível trocar algumas ideias em relação ao seminário e ao estágio de cada um.

Por último decorria junto do edifício da Casa da Cultura de Beja, uma exposição de alguns meios da Proteção Civil. Esta exposição foi uma excelente ideia, pela difusão e informação dos meios de proteção disponível à população e pelo entretenimento que protagonizou as crianças. 


Aqui ficam algumas fotos do acontecimento:

Imagem 1
Imagem 2










Imagem 3






















Os agentes de Protecção Civil são entidades que atuam sob a direção dos comandos e chefias próprias e que exercem funções de aviso, alerta, intervenção apoio e socorro, de acordo com as suas próprias atribuições. Para melhor visualizar o trabalho destas entidades, deixo-vos um video produzido pela ANPC


  24 Horas na ANPC:

 


Esta semana, pelo número de atividades desenvolvidas e pelos conceitos apreendidos conseguiu-se formar uma massa consistente de aprendizagem o que proporcionou o desenvolvimento do estágio.
O técnico de saúde ambiental  qualifica-se como um profissional mais tecnicista, no entanto não pode descuidar do básico da sociedade, ou seja deve conhecer as realidades e conseguir “vender” as suas ideias. Realmente parece bastante fácil no entanto cada público dispõe de características peculiares e deve-se tentar adequar a mensagem  a estás mesmas. A maior parte das vezes o que se verifica numa ação de sensibilização em que englobe adultos, como foi o caso da realizada na última semana, é a pouca afluência a mesma. Neste caso o técnico tem que conseguir não só passar a mensagem como conseguir persuadir para se deslocarem a uma próxima intervenção.   
Na sensibilização aos pais foi realizada uma abordagem a segurança em casa, esta constitui uma das realidades atuais, talvez pela falta de tempo que os pais dispõem para acompanhar os seus filhos, ou por outras razões,  por vezes delega-se um pouco a segurança -  “Nos últimos cinco anos os acidentes relacionados com o tráfego rodoviário e o trabalho estão em constante declínio, mas o mesmo não se verifica em relação aos traumatismos por acidentes domésticos e de lazer. Neste momento, a maioria dos traumatismos (73%) são devido a acidentes domésticos e de lazer, afetando particularmente grupos vulneráveis, indivíduos com menos recursos, crianças e idosos. Existem grandes diferenças entre os países quanto ao número de acidentes fatais e traumatismos acidentais com tratamento hospitalar, por 100.000 habitantes. Em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Departamento de Epidemiologia, mantém em atividade o sistema nacional de vigilância dos acidentes EVITA, recolhendo dados nos serviços de urgência sobre acidentes domésticos e de lazer. Dados provisórios referentes a 2012 apontam um internamento de 6,6% do total de acidentes reportados. É em crianças até aos 14 anos que ocorrem cerca de 41,5% do total de acidentes. Estes ocorreram principalmente em casa (36,4%), na escola (22,7%) e em atividades ao ar livre (11,5%), sendo relevante afirmar que 20,5% dos acidentes ocorreram dentro de casa. Relativamente ao mecanismo de lesão a queda foi o que revelou uma percentagem mais elevada (59,4%) seguida de atingido por um objeto (11,7%). Dados que se têm mantido estáveis e que se revelam como fundamentais para delinear programas de prevenção, tornando-se necessário melhorar a recolha de informação.” in (INSA, 2013).   


Até breve.


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