sexta-feira, 6 de junho de 2014



Reflexão final



“Na nossa vida o fim, bem no fim, não existe, é apenas um lugar, apenas uma etapa, o fim é sempre o começo de algo novo.”

Roger Stankewski

Olá caros leitores!


É com alguma melancolia e saudade que anuncio o término do meu último estágio do Curso de Saúde Ambiental.
O estágio teve lugar na entidade Autoridade Nacional de Proteção Civil, CDOS de Beja, na valência da Sensibilização, Comunicação e Protocolo.  

Quero em primeiro lugar agradecer a todos os meus leitores pela primazia que me concederam.

E mencionar que …

As novas experiências adquiridas na área da sensibilização, auxiliaram a minha construção profissional e consolidaram muitos conhecimentos apreendidos ao longo destes quatro anos de licenciatura. Foi sem dúvida uma experiência gratificante e que voltaria a repetir.

A Sensibilização é uma ferramenta fundamental para a mudança comportamental. Sensibilizar é procurar atingir uma predisposição da população para uma mudança de atitudes.

Durante este percurso deparei - me com algumas dificuldades, como: a grande lacuna a nível da tónica da emergência. Mas nunca foi nada de inultrapassável, pois com muito trabalho, responsabilidade, com encaminhamento, apoio e ajuda dados pela orientadora de estágio, professor da cadeira e os demais profissionais que se cruzaram no meu caminho, todos os obstáculos se suprimiram e os conhecimentos foram consolidados.

Não poderei deixar de referenciar um dos fatores mais influentes, senão o mais influente nesta experiência tão enriquecedora, como foi o facto de encontrar um ambiente acolhedor e profissional dentro da instituição, onde todos os profissionais me acolheram com grande respeito e carinho.

Quero deixar um agradecimento especial à minha orientadora de estágio, Dr.ª Juliana Santos que, através dos seus conhecimentos, da sua dedicação e do tempo que disponibilizou, contribuiu fortemente para que mais esta etapa na minha vida fosse concluída com sucesso.

“Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro da sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento.”
Deepak chopra


Visto ser este o último ano e a minha última publicação enquanto aluna do IV Curso de Saúde Ambiental, quero agradecer a todos os meus colegas e amigos pelos momentos que me proporcionaram e pela ajuda que me deram nesta longa caminhada.

Agradeço a todos os professores que lecionaram as cadeiras no curso de Saúde Ambiental mas em especial ao Professor Rogério Nunes, Professor Albino,  Professor António Branco, Professora Raquel e Professora Cidália por todo o apoio e por tudo o que fizeram por mim estes quatros anos.

Por último, mas sempre os primeiros na minha vida, quero agradecer a minha família, pelo apoio e carinho que sempre me deram.
Ao meu marido, por ter sido o pilar da família e pelo grande marido e companheiro que é.
A minha filha, pelo carinho, beijinhos, abracinhos… Gosto muito de ti.

Já há muito que sabia que a Saúde Ambiental foi a escolha certa, passada esta experiência estou segura de que quero ser Técnica de Saúde Ambiental no futuro. 

Obrigada a todos nunca me esquecerei de ninguém!


“O conhecimento é o ato de entender a vida”
Aristóteles










quinta-feira, 5 de junho de 2014

SBV



SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)





Olá caros leitores!



O tema desta publicação incide sobre o processo de emergência, Suporte Básico de Vida, doravante SBV. 
Figura 1 - SBV

Por vezes os acidentes que provocam Paragem Cárdio Respiratória podem ocorrer fora de contexto hospitalar - em casa, no trabalho, na estrada ou no decorrer de atividades desportivas e de lazer.

O socorrista é o primeiro interveniente, o seu papel é primordial, limitado e temporário, devendo improvisar material e executar os primeiros socorros com qualidade.


A sua capacidade de avaliar rapidamente a urgência da situação e a aplicação imediata dos conhecimentos, são determinantes - mesmo que o seu papel seja limitado e temporário. O socorrista nunca deixa a vítima antes da chegada da equipa especializada, pois sente-se responsável por ela.


De acordo com o “Manual de SBV – Adulto”,do INEM“o suporte básico de vida é um conjunto de procedimentos bem definidos e com metodologias padronizadas, que tem como objetivo reconhecer as situações de perigo de vida iminente, saber como e quando pedir ajuda e saber iniciar de imediato, sem recurso a qualquer utensílio, manobras que contribuam para a preservação da ventilação e da circulação de modo a manter a vitima viável até que possa ser instituído o tratamento médico adequado e eventualmente, se restabeleça o normal funcionamento respiratório e cardíaco.”
  

No caso de não ser socorrida de imediato, cada minuto que passa reduz drasticamente as probabilidades da vítima sobreviver – sendo o Primeiro Socorro essencial.

Identificar a situação, ligar 112 e iniciar manobras de Suporte Básico de Vida, são ações essenciais para um socorro rápido e eficaz para a vítima.

A identificação da situação e o alerta para o 112 permitem a ativação dos meios adequados de emergência médica.

Até à chegada dos meios de socorro, a execução correta das técnicas de Suporte Básico de Vida, permite manter o aporte de oxigénio às células, aumentando as probabilidades de sobrevivência da vítima.


É importante mencionar que as manobras de SBV não são, por si só, suficientes para recuperar a maior parte das vítimas de paragem cárdio respiratória. 




O INEM produziu um vídeo, baseado em fatos reais, onde é possível visualizar todos os passos do SBV.


Clique na imagem.



À luz dos conhecimentos atuais, consideram-se 4 as atitudes que determinam um bom socorro às vítimas de Paragem Cárdio respiratória: in SBV - INEM 
  1. Reconhecimento precoce de uma situação de urgência e ativação dos serviços de emergência
  2. Manobras de Suporte Básico de Vida precoces
  3. Desfibrilação Automática precoce
  4. Suporte Avançado de Vida

Surge assim o conceito de Cadeia de Sobrevivência que traduz um conjunto de ações que “ligam” uma vítima de Paragem Cardíaca Súbita à sua sobrevivência.



Figura 2 - Cadeia de Sobrevivência 

            A AmericanHeart Association’s AHA sugere o uso da Cadeia de Sobrevivência.



E porquê abordar o tema Suporte Básico de Vida?

No decorrer do estágio curricular, o CDOS de Beja foi convidado pelo INEM a realizar em Beja, um MASSTRAINING de SBV (Suporte Básico de Vida). O desafio foi aceite e posteriormente atribuído à valência da Sensibilização a organização deste evento. Deu-se início a um grande trabalho de bastidores, - eu e a minha orientadora iniciamos os trabalhos para que no dia 4 de junho, dia designado para a formação, tudo estivesse pronto. 

Figura 3 - Cartaz do MASSTRAINING de SBV - Beja

Para incorporar a formação, ficou decidido que seria um grupo de 120 pessoas e esta seria realizada apenas da parte da manhã. Depois de encontrado o espaço adequado ao invento, o NERBE, foi necessário contactar os formandos. Para participar na formação, ficou averbado, que seriam todas as entidades e instituições que, por uma razão ou outra, estivessem em contacto com aglomerados populacionais.

Foram ao todo registadas cerca de cem entidades, que posteriormente foram contactadas via email, a fim de preencherem a ficha de inscrição online. O prazo para essa inscrição foram duas semanas, mas ao fim de uma semana já contávamos com mais de 50% das inscrições. Durante as semanas que antecederam o invento foi necessário aferir todos os pormenores, para o sucesso do mesmo.

Foi muito gratificante fazer parte desta atividade, o trabalho em equipa foi uma constante.
Pessoalmente foi uma experiência que contribuirá para o meu progresso profissional. Saber como gerir, planear o acontecimento, elaborar os documentos, selecionar os formandos, contactar e por último verificar todos os pontos, foram situações que fizeram parte do meu universo de trabalho nas últimas semanas.

Posso afirmar que cresci profissionalmente.



Estas megas ações de formação de SBV têm sido uma constante, desde o norte ao sul do país, passo a citar alguns exemplos:
  • Cidade de Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros…

“AULS do Nordeste, em parceria com o INEM, conseguiu concretizar este desafio que era formar cerca de 1250 pessoas na área de influência desta ULS. Já fomos a Bragança e Mirandela, hoje o desafio é Macedo e Vila Nova de Foz Côa. Está a ser fantástico, o balanço é positivo. Esta formação é importante porque são eles o primeiro elo, são eles que estão em contacto permanente com as pessoas, são eles que conseguem identificar potenciais vitimas e se este primeiro elo falhar não existem hospitais, nem meios pré-hospitalares, para ajudar as pessoas, este é sem dúvida o elo mais forte. A adesão tem sido maciça nas várias cidades onde já se desenvolveu este projeto. Para hoje, prevemos atingir cerca de mil pessoas formadas.” In entrevista da responsável pelas ações de sensibilização na delegação da zona norte, Isabel Castro.

O INEM e todos os seus parceiros têm como objetivo, com a organização deste tipo de invento, chegar às populações, alertar para a importância do pedido de ajuda e a importância do suporte básico de vida.

Ao realizar o curso de Suporte Básico de Vida, o formando ficará com competências para abordar a vítima em segurança, reconhecer a pessoa inconsciente em paragem cárdio respiratória e saber quando pedir ajuda, executar a abordagem básica da via aérea, massagem cardíaca e a posição lateral de segurança.

Tal como as sabias palavras da responsável pelas ações de sensibilização na delegação da zona norte, Isabel Castro, na suaentrevista: “É prático e útil, nunca se sabe. Quando uma pessoa trabalho com crianças ou adultos nunca se sabe quem se pode sentir mal, tem que se interagir antes do 112. É sem dúvida uma formação que toda a população devia ter porque nunca se sabe quando vai acontecer e onde. Pode-nos acontecer a nós e não sabemos se teremos ajuda ou não. Pode acontecer a um colega nosso, nós temos essa formação e podemos salvar-lhe a vida.”


Em relação aos motivos para aprender e praticar SBV, estes são inúmeros, passo a citar alguns:
  • Quase 80% dos casos de paragem cardíaca acontecem em casa e são presenciados por um membro da família;
  • Menos de 10% sobrevivem. Isso por que a maioria das testemunhas não sabem fazer a reanimação básica;
  • A reanimação feita por quem presencia a paragem cardíaca pode “dobrar” a hipótese de sobrevivência;
  • Cada minuto após a paragem cardíaca diminui a hipótese de sobreviver em 10%;
  • A paragem cardíaca súbita é normalmente causado por um ritmo cardíaco anormal chamado de fibrilação ventricular;
  • As PCR também podem ser causadas por um infarto, choque elétrico ou por afogamento;


Em suma, o SBV é um processo de emergência que todas as pessoas deveriam conhecer, aprender e praticar.

Ao nível das empresas este conhecimento seria fundamental para uma boa gestão, visto que Portugal apresenta um elevado número de acidentes de trabalho, com particular incidência na construção civil e na indústria transformadora. in Situação da Segurança e da Saúde no Trabalho.

De facto, são inúmeras as situações que possibilitam a ocorrência de eventos que requerem um atendimento de urgência no ambiente laboral, seja em virtude de acidentes, seja decorrentes de contatos inadvertido com substâncias ou formas de energia capazes de produzir traumatismos e lesões nos trabalhadores. Nestes casos, a forma como se é socorrido irá influenciar de forma drástica a sobrevivência e a recuperação da vítima.

A empresa ou estabelecimento, qualquer que seja a organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades de primeiros socorros.

No caso da profissão, técnico de Saúde Ambiental, também esta deveria contemplar na formação académica de base áreas como o SBV, devido ao grande contacto que estabelece com todos os públicos.

Enquanto profissional na área da segurança e saúde no trabalho, não posso deixar de referir os fatores de risco a que se encontram sujeitos os profissionais das equipas de emergência médica. Com estudos produzidos nesse sentido, refiro um estudo publicado na revista brasileira de enfermagem, sobre os "Riscos ocupacionais em unidades de Suporte Básico eAvançado de Vida em Emergências", que tem como objetivo identificar os fatores de risco ocupacional a que se encontram expostos os profissionais das equipas de unidades de Suporte Básico e Avançado de Vida em Emergências. Para tal constitui sujeitos do estudo 40 trabalhadores de duas equipas do Sistema de Atendimento Médico a Urgência de uma cidade do interior do Estado de São Paulo.

No final do estudo, consoante a maioria dos trabalhadores, identificaram-se os seguintes fatores de risco: 
  • Físicos (elevados níveis de temperatura e ruído ambiental);
  • Químicos (manipulação de substâncias químicas);
  • Biológicos (exposição a microrganismos e falta de materiais disponíveis).

No que se refere aos riscos peculiares à atividade identificou-se:
  • Risco de ocorrência de acidentes automobilísticos (90% dos trabalhadores), agressões física e moral (90% dos trabalhadores)  
  • Acidentes com material perfuro-cortante (72,5% dos trabalhadores).
  • A violência foi descrita por 75 % dos trabalhadores como fator de risco mais preocupante no trabalho.

De acordo com a Agência Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho, os trabalhadores do sector da saúde têm de fazer face a uma série de atividades e ambientes que constituem uma ameaça para a sua saúde e os colocam em risco de doenças profissionais ou de acidentes de trabalho. Muitos dos contextos em que os trabalhadores do sector da saúde executam as suas tarefas, bem como a multiplicidade de tarefas que executam, podem apresentar uma grande variedade de perigos. 
O sector da saúde é muito vasto e apresenta-se como um grande empregador, empregando cerca de 10% do total de trabalhadores da União Europeia.

Podemos concluir, que a melhor medida a implementar é a avaliação dos riscos profissionais; Esta constitui a base de uma gestão eficaz de segurança e de saúde fundamental para reduzir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais. 

Nós, enquanto técnicos de Saúde Ambiental e profissionais qualificados nesta área, somos os mais habilitados para promover tal competência.


Figura 4 - Avaliação do risco



O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.


Até Breve.


sábado, 31 de maio de 2014

Sismos


Quando ocorre um sismo…




Olá caros leitores!


Depois de uma semana bastante agitada, eis que me encontro a escrever novamente sobre um novo tema.
O tema que vos trago é particularmente interessante, não só pelo fenómeno natural de que se reveste, como pela grande destruição que pode causar: os sismos.

Em Portugal utiliza-se mais o termo terramoto, que vem do latim terreamoto.

Figura 1 - Sismo

O fenómeno natural, sismo classifica-se como um “movimento vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido  uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. Os sismos mais violentos resultam na sua maior parte dos movimentos das placas custais particularmente em torno das margens do Oceano Pacifico e numa cintura que se estende através da Europa do Sul até  à Ásia.Os sismos menos violentos resultam em geral das erupções vulcânicas, desmoronamentos de terra e das explosões.”


A grandeza de um sismo pode ser medida de duas formas: pela magnitude e pela intensidade.

O livro “Conhecer para Prevenir”, promovido pela Autoridade Nacional de  Proteção Civil, desenvolve a temática referida anteriormente e esclarece todas as dúvidas que possa suscitar curiosidade, sobre o tema. Investigue!



Em relação a sismicidade histórica, “o território de Portugal Continental tem sofrido, ao longo do tempo, as consequências de sismos de magnitude moderada a forte, que resultaram muitas vezes em danos importantes em várias cidades e vilas do país, como o comprovam os diversos relatos históricos. O último sismo catastrófico que afetou o território do continente foi o sismo de 1 de Novembro de 1755, considerado por vários autores um dos maiores sismos de sempre (estimou-se a sua magnitude entre 8,5 e 9).” InSociedade portuguesa de Engenharia Sísmica

 

Este fenómeno de nível global merece destaque nos órgãos de comunicação social - No Jornal de Noticias pode ser consultado um quadro interativo com referência aos 10 sismos mais mortíferos de sempreClic no título e conheça um pouco da historia sismológica.

 

No que toca à Autoridade Nacional de Protecção Civil,  esta tem desenvolvido ao longo do tempo atividades conducentes ao conhecimento do risco sísmico e à sua minimização, a destacar:

  • Realização de exercícios, tal como o Exercicio PTQuake’09;

  • Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve
  • Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes;
  • Participação em missões de observação de sismos ocorridos em diversas partes do mundo para recolha de ensinamentos (sismo de 17 de Janeiro de 1994 em Northridge, Los Angeles, E. U. A.; sismo de 7 de Julho de 1998 nos Açores; Turquia 1999; Argélia, 2003; Irão, 2003; Marrocos, 2004; Indonésia, 2004, L’Aquilla 2009);
  • Estudo das vulnerabilidades sísmicas de obras de arte (quatro viadutos pertencentes ao concelho de Lisboa),
  • Ações de informação e sensibilização da população e instituições.

É justamente neste âmbito, das ações de informação e sensibilização da população e instituições que se insere o meu estágio.

Como já referi em publicação anteriores, durante os 3 meses de estágio decorreram ações de sensibilização quinzenais no Centro Escolar Santa Maria, sobre diversas temáticas, sendo uma delas os sismos.

Para coadjuvar a sensibilização é visualizado o vídeo do TINONI.            


Uma das sessões destas ações foi inteiramente realizada e orientada por mim.
Esta experiência foi muito gratificante pois participei neste universo de interação com todas estas crianças.
Foi duplamente interessante dado que este público dos 3 aos 5 anos é extremamente exigente e intolerante e, consegui ao longo da atividade captar a sua atenção e conseguir a sua participação. 

Ressalvo a importância de cada temática abordada, durante estas ações de sensibilização, no contributo para a implementação de uma cultura de segurança.

Apresento algumas imagens da ação.

Imagem 1 
Imagem 2









Enquanto futura técnica de Saúde Ambiental, não posso deixar de salientar a relevância da profissão neste tema - os sismos.

Sendo que quando surgem situações suscetíveis de causarem ou acentuarem prejuízos graves à saúde, dos cidadãos ou dos aglomerados populacionais, assim como para o controlo dos fatores de risco, à entidade a quem compete a decisão de intervenção do Estado na defesa da saúde pública, na prevenção da doença e na promoção e proteção da saúde é a Autoridade de Saúde.

Os técnicos de Saúde Ambiental, em regime público, nos centros de saúde desempenham as suas funções na unidade de saúde pública e devido a sua formação, nas áreas da promoção da saúde, habitat e emergência, comportam habilitações que se destingem dos demais.


A gestão da emergência representa um ciclo de ação com as seguintes fases:
  1.  Pré-emergência;
  2.  Emergência;
  3.  Pós-emergência.
Figura 2 - Fases da Emergência 


Nestas 3 fases o campo de atuação do técnico de Saúde Ambiental incide:

1- Fase Pré-emergência

Nesta fase é importante colaborar-se na avaliação dos perigos e vulnerabilidades existentes em determinada comunidade, ou seja:
  • No levantamento, previsão, avaliação e prevenção de riscos coletivos de origem natural, humana ou tecnológica e análise de vulnerabilidades das populações e dos sistemas ambientais a eles expostos;
  • No planeamento de emergência promovido pelos serviços de proteção civil e em particular, desencadear a implementação dos planos específicos da saúde (Planos de Contingência), tais como os planos de alterações climáticas, epidemias, entre outros;
  • No planeamento de exercícios e simulacros destinados à manutenção da eficácia das respetivas equipas de intervenção;
  • Na identificação de indivíduos vulneráveis e no apoio ao estabelecimento de locais para abrigo.
  • Na identificação e caracterização de população vulnerável, assim como dos recursos disponíveis, permitem adequar e disponibilizar os recursos de saúde, sociais e locais (abrigos), atendimento de vítimas e mortuária.

 Os abrigos devem ser locais ou espaços que correspondam às necessidades e vulnerabilidades da população evacuada ou deslocada.


2- Fase de Emergência

Na Fase de Emergência, as atividades a desenvolver centram-se no socorro e assistência imediata às vítimas e na implementação de medidas que limitem os possíveis efeitos secundários da emergência.

As atividades de saúde ambiental coordenadas pela Autoridade de Saúde, têm como finalidade:
  • Prevenir as doenças e controlar fatores de risco decorrentes da situação de emergência;
  • Garantir que o fornecimento de bens essenciais é efetuado em qualidade e quantidade, tal como a alimentação;
  • Garantir que a distribuição de água potável para consumo humano é feita de acordo com as regras higio - sanitárias adequadas;
  • Garantir as medidas adequadas a minorar os riscos decorrentes das alterações das redes de saneamento básico e recolha de resíduos (estações de tratamento de esgotos e aterros sanitários);
  • Garantir a vigilância adequada de vetores em colaboração com a Autoridade Veterinária;
  • Garantir a adequada vigilância da higienização das estruturas de apoio (saúde e sociais).

3- Fase Pós-emergência

Na Fase Pós-emergência as ações a desenvolver visam o restabelecimento do quotidiano das pessoas, protegendo-as dos possíveis efeitos secundários das situações de emergência.

  • Avaliação dos danos  -  A identificação dos danos originados pela situação de emergência é importante para a avaliação de riscos secundários bem como para a continuidade de assistência à população.
  • Vigilância Epidemiológica - Para a deteção de alterações aos fatores determinantes e condicionantes do estado de saúde da população, em particular os ambientais, é essencial que se desenvolvam ou reforcem Programas de Vigilância Epidemiológica, tais como:
Figura 3 - Programas de vigilância 






Um Comentário …uma dica…


Sabe o que fazer  antes, durante e depois de um Sismos


Se não… Siga as medidas de autoproteção contidas neste folheto - SISMOS e divulgue-as.





O seu contributo é precioso.

Conto com o seu comentário.



Até Breve