Clubes de Proteção civil
Olá caros leitores!
No dia 6
do corrente mês, veio a proporcionar-se a primeira saída de serviço
externo, ao desencadear-se uma reunião com a responsável da Escola
Secundaria de Odemira e a responsável pela segurança da mesma escola,
no intuitivo de implementar, na escola um programa de conteúdos para
um clube escolar de segurança e prevenção de riscos naturais e tecnológicos, o
Clube de Proteção Civil.
Figura 1 - Imagem Projeto "Na escola em Segurança" regressa á escola |
Os Clubes de proteção
civil surgem na sequência da planificação a nível europeu, duma estratégia para
a criação de sociedades mais resilientes. Que de acordo com o artigo cientifico “Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente”,
dos autores J.L. Pais Ribeiro e Rita Morais, onde se adjudicam conceitos
de vários autores, descreve que "a
resiliência refere-se a um processo dinâmico que abrange a adaptação
positiva num contexto de adversidade significativa."
"Explica que o
conceito de resiliência se desenvolveu a partir de uma abordagem reducionista
orientada para problemas, para uma abordagem de desenvolvimento de recursos
pessoais úteis para enfrentar a adversidade. Onde se podem identificar três
vagas no estudo desta variável. A primeira propunha-se identificar as
características das pessoas que se desenvolvem mesmo perante fatores de risco
ou adversidade, por comparação com as pessoas que sucumbem perante as mesmas
condições; a segunda visa identificar o processo pelo qual se obtêm as
qualidades resilientes; a terceira aborda o conceito como força motivacional,
como energia, que leva à reintegração ou reorganização do indivíduo após
eventos que surgem no decorrer da vida." in artigo cientifico Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente
Com os atentados WTC, nos
Estados Unidos e o Tsunami de 2004 na Tailândia, catpultou-se
a implementação de
sistemas que pudessem atuar na prevenção das sociedades. Estas e
outras catástrofes “obrigaram” a União Europeia e Office of the
Information and Privacy Commissioner (OIPC) a repensarem as estratégias da
implementação de uma cultura de segurança na Europa.
De acordo com a
investigação desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Coimbra: "O ano de
2008 foi proclamado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional do Planeta
Terra (AIPT), que visa destacar o papel das Ciências da Terra em vários
domínios da Sociedade. O Ano Internacional do Planeta Terra é uma iniciativa
global, inserida na Décadas das Nações Unidas da Educação para o
Desenvolvimento Sustentável, e os seus responsáveis preconizam que uma melhor
integração das Ciências da Terra nos diversos sistemas educativos poderá
contribuir para a formação de cidadãos informados, participativos e
comprometidos com uma gestão responsável do planeta e dos seus recursos, numa
perspetiva de desenvolvimento sustentável. De entre os temas principais do
programa científico do AIPT, destaca-se o tema Desastres Naturais, minimizar o
risco, maximizar a consciencialização, uma vez que, o impacte dos riscos
geológicos nas nossas vidas e na economia é enorme e nunca deixará de
existir.” in artigo cientifico (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação
centrada na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)
Uma das funções do Núcleo de
Sensibilização, Comunicação e Protocolo é a
sensibilização nas escolas, para a implementação de Clubes de Proteção civil,
no intuito de estás ministrarem com os alunos atividades no campo de ação da
proteção civil. Com as temáticas abordadas pretende-se criar uma cultura
de segurança na comunidade escolar e por consequência estender a sociedade em
geral.
Como é do conhecimento:
“A espécie humana ocupa a
superfície terrestre do planeta, organizando-se em sociedades cada vez mais
complexas e artificiais, numa aparente harmonia com a natureza, mas sujeita a
perigos e a eventos naturais intensos que comprometem, frequentemente, o equilíbrio
entre o ambiente social e o ambiente natural” (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação centrada
na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)
Desde sempre, os riscos/perigos têm acompanhado a vida humana, razão pela qual a
proteção dos cidadãos enfrenta um constante desafio colocado pelos muitos
perigos inerentes aos desastres e às catástrofes naturais. Por este motivo, os
ensinamentos extraídos da análise sistemática da evolução de processos ou
eventos danosos e destrutivos e das circunstâncias que contribuíram para a sua
ocorrência são de importância crucial para a redução de riscos futuros e para a
definição de prioridades na gestão da vulnerabilidade e na mitigação dos
riscos.
Nesse sentido, o parecer
do Comité das Regiões da União Europeia -“realça a importância de incluir,
em todas as suas fases, medidas de informação, formação e sensibilização dos
cidadãos sobre os riscos de catástrofes e os planos de intervenção, prestando
particular atenção à população infantil e juvenil e a outros sectores
especialmente vulneráveis em caso de emergência, como pessoas idosas e de
mobilidade reduzida”. in artigo (Sensibilização em ProteçãoCivil – Uma investigação centrada
na Casa Municipal de Proteção Civil de Coimbra)
No que foca a população
infantil e juvenil a Escola para além de espaço dinâmico de transmissão de
saberes, constitui fator de integração na sociedade e vetores de formação do
futuro cidadão, interveniente e responsável. Na preparação do aluno para a vida
ativa e para o exercício da cidadania, emerge nos curriculas escolares, com
crescente importância, um conjunto de competências em diversas áreas: saúde,
ambiente e desenvolvimento sustentável, direitos, consumo e segurança.
A educação
para a segurança e prevenção de riscos - "é um elemento fundamental na
construção de uma cultura de segurança, ao desenvolver competências no âmbito
da prevenção e autoproteção. Competências que contribuam para a adoção de
atitudes e comportamentos responsáveis e adequados face a acidentes graves ou
catástrofes que as populações possam vir a enfrentar." (Clubes da Proteção Civil)
- Educar para a segurança é educar para a prevenção. A educação para a prevenção permite colocar o aluno na posição de ator. Embora disponível para aceitar informação, deve também tomar iniciativas para a obter, pesquisando e participando. Respondendo à sua curiosidade e colocando à sua disposição uma série de recursos, o aluno vê reforçada a sua autoconfiança, permitindo, desta forma, o desenvolvimento de relação confiança no seio da comunidade escolar e de solidariedade com os colegas e comunidade. Toma assim consciência do alcance dos seus atos e das responsabilidades que lhe advêm do exercício dos seus direitos. (Clubes da Proteção Civil)
O curso de saúde ambiental engloba um
vasto leque de conteúdos programáticos, que proporcionam aos
alunos conhecimentos e partilha nas mais variadas áreas. Umas das
áreas que é abordada no curso de saúde ambiental é a promoção da
saúde que de acordo com a Carta de Ottawa se define - "A Promoção
da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das
comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. Para
atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o
indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identificar e realizar as
suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou
adaptar-se ao meio. Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida
e não como uma finalidade de vida"in CARTA DE OTTAWA PARA A
PROMOÇÃO DA SAÚDE 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da
Saúde Ottawa, Canadá, 17-21 Novembro de 1986
No contexto de aula a unidade curricular
permite aos alunos a identificação dos grupos de riscos e quais os a
intervir, tal como o conhecimento de técnicas
de transmissão de mensagem e dá a conhecer algumas situações de
risco que se podem encontrar junto da população.
Um dos grupo onde a mensagem se torna mais
eficaz, ou seja apreensível, são as crianças, principalmente em idade
escolar. O universo da escola é também fomentado na saúde ambiental através da
vertente da saúde escolar. De acordo com a Direção Geral da Saúde, - Saúde Escolar é o referencial do sistema de saúde para
o processo de promoção da saúde na escola, que deve desenvolver competências na
comunidade educativa que lhe permita melhorar o seu nível de bem-estar físico,
mental e social e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida. A investigação vem demonstrando que a maior parte dos
problemas de saúde e dos comportamentos de risco, associados ao ambiente e aos
estilos de vida, pode ser prevenida ou significativamente reduzida através de
um programa de saúde escolar efetivo.
in Direção Geral da Saúde.
A Direção Geral da Saúde
criou para melhor difundir as atividades correspondente a saúde escolar,
o Programa Nacional de Saúde Escolar através do Despacho n.º 12.045/2006, publicado no Diário da República n.º 110 de 7 deJunho.
O Programa Nacional de Saúde Escolar foi divulgado através da Circular Normativan.º
7/DSE de 29/6/06.
"O Programa Nacional
de Saúde Escolar ao intervir no Jardim-de-infância e nas Escolas do Ensino
Básico e Secundário assume um papel activo na gestão dos determinantes da saúde
da comunidade educativa, constituindo as equipas de saúde escolar a interface
com o sistema educativo para a sua implementação." in Direção Geral da Saúde.
O departamento onde decorre o estágio privilegia o universo escolar para fomentar as temáticas, este constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto que causa nas comunidades educativas quer pelo conhecimento que é transladado à população.
É nesta perspetiva que são instituídos os Clubes de Proteção Civil, não só de forma a conseguir a unificação de conteúdos mas também para a adoção de praticas de cultura de segurança.
Os Clubes
de Proteção Civil, disponibilizam as escolas um conjunto de recursos informáticos e
formativos que contribuem para a aquisição de competências específicas no
quadro da proteção civil, e as quais motivam ações integradas neste domínio.
Estes recursos são disponibilizados num dossier, onde constam brochuras com temas temáticos da área, no final do dossier encontram-se algumas fichas com atividades para implementar nas diversas unidades curriculares.
Este dossier pode ser
consultado através da net:
Já que se reforça a noção de que a antecipação permite uma preparação conscienciosa para a ação, e um atuação adequada em caso de emergência. Desta forma compete aos diferentes agentes de Proteção Civil, organizações mas também aos cidadãos, a informação e promoção destas matérias, o universo escolar constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto das comunidades educativas na população em geral, quer pelos efeitos multiplicadores nas futuras gerações. (Clubesda Proteção Civil)
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