quarta-feira, 12 de março de 2014

Clubes de Proteção Civil


Clubes de Proteção civil



Olá caros leitores!



No dia 6 do corrente mês, veio a proporcionar-se a primeira saída de serviço externo,  ao desencadear-se uma reunião com a responsável da Escola Secundaria de Odemira e a responsável pela segurança da mesma escola, no intuitivo de implementar, na escola um programa de conteúdos para um clube escolar de segurança e prevenção de riscos naturais e tecnológicos, o Clube de Proteção Civil.

Figura 1 -  Imagem Projeto "Na escola em Segurança" regressa á escola


Os Clubes de proteção civil surgem na sequência da planificação a nível europeu, duma estratégia para a criação de sociedades mais resilientes. Que de acordo com o artigo cientifico “Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente”, dos autores J.L. Pais Ribeiro e Rita Morais,  onde se adjudicam conceitos de vários autores, descreve que "a resiliência refere-se a um processo dinâmico que abrange a adaptação positiva num contexto de adversidade significativa."
"Explica que o conceito de resiliência se desenvolveu a partir de uma abordagem reducionista orientada para problemas, para uma abordagem de desenvolvimento de recursos pessoais úteis para enfrentar a adversidade. Onde se podem identificar três vagas no estudo desta variável. A primeira propunha-se identificar as características das pessoas que se desenvolvem mesmo perante fatores de risco ou adversidade, por comparação com as pessoas que sucumbem perante as mesmas condições; a segunda visa identificar o processo pelo qual se obtêm as qualidades resilientes; a terceira aborda o conceito como força motivacional, como energia, que leva à reintegração ou reorganização do indivíduo após eventos que surgem no decorrer da vida." in artigo cientifico Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente


Com os atentados WTC, nos Estados Unidos e o Tsunami de 2004 na Tailândia, catpultou-se 
a implementação de sistemas que pudessem atuar na prevenção das sociedades. Estas e outras catástrofes “obrigaram” a União Europeia e Office of the Information and Privacy Commissioner (OIPC) a repensarem as estratégias da implementação de uma cultura de segurança na Europa.

 De acordo com a investigação desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Coimbra:  "O ano de 2008 foi proclamado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), que visa destacar o papel das Ciências da Terra em vários domínios da Sociedade. O Ano Internacional do Planeta Terra é uma iniciativa global, inserida na Décadas das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, e os seus responsáveis preconizam que uma melhor integração das Ciências da Terra nos diversos sistemas educativos poderá contribuir para a formação de cidadãos informados, participativos e comprometidos com uma gestão responsável do planeta e dos seus recursos, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável. De entre os temas principais do programa científico do AIPT, destaca-se o tema Desastres Naturais, minimizar o risco, maximizar a consciencialização, uma vez que, o impacte dos riscos geológicos nas nossas vidas e na economia é enorme e nunca deixará de existir.” in artigo cientifico (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)

  
Uma das funções do Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo é a sensibilização nas escolas, para a implementação de Clubes de Proteção civil, no intuito de estás ministrarem com os alunos atividades no campo de ação da proteção civil. Com  as temáticas abordadas pretende-se criar uma cultura de segurança na comunidade escolar e por consequência estender a sociedade em geral.

Como é do conhecimento:
“A espécie humana ocupa a superfície terrestre do planeta, organizando-se em sociedades cada vez mais complexas e artificiais, numa aparente harmonia com a natureza, mas sujeita a perigos e a eventos naturais intensos que comprometem, frequentemente, o equilíbrio entre o ambiente social e o ambiente natural” (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)

Desde sempre, os riscos/perigos têm acompanhado a vida humana, razão pela qual a proteção dos cidadãos enfrenta um constante desafio colocado pelos muitos perigos inerentes aos desastres e às catástrofes naturais. Por este motivo, os ensinamentos extraídos da análise sistemática da evolução de processos ou eventos danosos e destrutivos e das circunstâncias que contribuíram para a sua ocorrência são de importância crucial para a redução de riscos futuros e para a definição de prioridades na gestão da vulnerabilidade e na mitigação dos riscos.

Nesse sentido, o parecer do Comité das Regiões da União Europeia -“realça a importância de incluir, em todas as suas fases, medidas de informação, formação e sensibilização dos cidadãos sobre os riscos de catástrofes e os planos de intervenção, prestando particular atenção à população infantil e juvenil e a outros sectores especialmente vulneráveis em caso de emergência, como pessoas idosas e de mobilidade reduzida”. in artigo  (Sensibilização em ProteçãoCivil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de Proteção Civil de Coimbra)


No que foca a população infantil e juvenil a Escola para além de espaço dinâmico de transmissão de saberes, constitui fator de integração na sociedade e vetores de formação do futuro cidadão, interveniente e responsável. Na preparação do aluno para a vida ativa e para o exercício da cidadania, emerge nos curriculas escolares, com crescente importância, um conjunto de competências em diversas áreas: saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável, direitos, consumo e segurança.

 A educação para a segurança e prevenção de riscos - "é um elemento fundamental na construção de uma cultura de segurança, ao desenvolver competências no âmbito da prevenção e autoproteção. Competências que contribuam para a adoção de atitudes e comportamentos responsáveis e adequados face a acidentes graves ou catástrofes que as populações possam vir a enfrentar." (Clubes da Proteção Civil)

  • Educar para a segurança é educar para a prevenção. A educação para a prevenção permite colocar o aluno na posição de ator. Embora disponível para aceitar informação, deve também tomar iniciativas para a obter, pesquisando e participando. Respondendo à sua curiosidade e colocando à sua disposição uma série de recursos, o aluno vê reforçada a sua autoconfiança, permitindo, desta forma, o desenvolvimento de relação confiança no seio da comunidade escolar e de solidariedade com os colegas e comunidade. Toma assim consciência do alcance dos seus atos e das responsabilidades que lhe advêm do exercício dos seus direitos. (Clubes da Proteção Civil)             


O curso de saúde ambiental engloba um vasto leque de conteúdos programáticos, que proporcionam aos alunos conhecimentos e partilha nas mais variadas áreas.  Umas das áreas que é abordada no curso de saúde ambiental é a promoção da saúde que de acordo com a Carta de Ottawa se define - "A Promoção da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identificar e realizar as suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio. Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma finalidade de vida"in CARTA DE OTTAWA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde Ottawa, Canadá, 17-21 Novembro de 1986

No contexto de aula a unidade curricular permite aos alunos a identificação dos grupos de riscos e quais os a intervir, tal como o conhecimento de técnicas de transmissão de mensagem e dá a conhecer algumas situações de risco que se podem encontrar junto da população.
Um dos grupo onde a mensagem se torna mais eficaz, ou seja apreensível, são as crianças, principalmente em idade escolar. O universo da escola é também fomentado na saúde ambiental através da vertente da saúde escolar.  De acordo com a Direção Geral da Saúde, - Saúde Escolar é o referencial do sistema de saúde para o processo de promoção da saúde na escola, que deve desenvolver competências na comunidade educativa que lhe permita melhorar o seu nível de bem-estar físico, mental e social e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida. A investigação vem demonstrando que a maior parte dos problemas de saúde e dos comportamentos de risco, associados ao ambiente e aos estilos de vida, pode ser prevenida ou significativamente reduzida através de um programa de saúde escolar efetivo.  in Direção Geral da Saúde.

A Direção Geral da Saúde criou para melhor difundir as atividades correspondente a saúde escolar, o Programa Nacional de Saúde Escolar através do Despacho n.º 12.045/2006, publicado no Diário da República n.º 110 de 7 deJunho.
Programa Nacional de Saúde Escolar foi divulgado através da Circular Normativan.º 7/DSE de 29/6/06
"O Programa Nacional de Saúde Escolar ao intervir no Jardim-de-infância e nas Escolas do Ensino Básico e Secundário assume um papel activo na gestão dos determinantes da saúde da comunidade educativa, constituindo as equipas de saúde escolar a interface com o sistema educativo para a sua implementação." in Direção Geral da Saúde.

O departamento onde decorre o estágio privilegia o universo escolar para fomentar as temáticas, este constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto que causa nas comunidades educativas quer pelo conhecimento que é transladado à população. 

 É nesta perspetiva que são  instituídos os Clubes de Proteção Civil, não só  de forma a conseguir a unificação de conteúdos mas também para a adoção de praticas de cultura de segurança.
 Os Clubes de Proteção Civil, disponibilizam as escolas um conjunto de recursos informáticos e formativos que contribuem para a aquisição de competências específicas no quadro da proteção civil, e as quais motivam ações integradas neste domínio.

 Estes recursos são disponibilizados num dossier, onde constam brochuras com temas temáticos da área, no final do dossier encontram-se algumas fichas com atividades para implementar nas diversas unidades curriculares.

 Este dossier pode ser consultado através da net:




  





    Já que se reforça a noção de que a antecipação permite uma preparação conscienciosa para a ação, e um atuação adequada em caso de emergência. Desta forma compete aos diferentes agentes de Proteção Civil, organizações mas também aos cidadãos, a informação e promoção destas matérias, o universo escolar constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto das comunidades educativas na população em geral, quer pelos efeitos multiplicadores nas futuras gerações. (Clubesda Proteção Civil)


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