sábado, 31 de maio de 2014

Sismos


Quando ocorre um sismo…




Olá caros leitores!


Depois de uma semana bastante agitada, eis que me encontro a escrever novamente sobre um novo tema.
O tema que vos trago é particularmente interessante, não só pelo fenómeno natural de que se reveste, como pela grande destruição que pode causar: os sismos.

Em Portugal utiliza-se mais o termo terramoto, que vem do latim terreamoto.

Figura 1 - Sismo

O fenómeno natural, sismo classifica-se como um “movimento vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido  uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. Os sismos mais violentos resultam na sua maior parte dos movimentos das placas custais particularmente em torno das margens do Oceano Pacifico e numa cintura que se estende através da Europa do Sul até  à Ásia.Os sismos menos violentos resultam em geral das erupções vulcânicas, desmoronamentos de terra e das explosões.”


A grandeza de um sismo pode ser medida de duas formas: pela magnitude e pela intensidade.

O livro “Conhecer para Prevenir”, promovido pela Autoridade Nacional de  Proteção Civil, desenvolve a temática referida anteriormente e esclarece todas as dúvidas que possa suscitar curiosidade, sobre o tema. Investigue!



Em relação a sismicidade histórica, “o território de Portugal Continental tem sofrido, ao longo do tempo, as consequências de sismos de magnitude moderada a forte, que resultaram muitas vezes em danos importantes em várias cidades e vilas do país, como o comprovam os diversos relatos históricos. O último sismo catastrófico que afetou o território do continente foi o sismo de 1 de Novembro de 1755, considerado por vários autores um dos maiores sismos de sempre (estimou-se a sua magnitude entre 8,5 e 9).” InSociedade portuguesa de Engenharia Sísmica

 

Este fenómeno de nível global merece destaque nos órgãos de comunicação social - No Jornal de Noticias pode ser consultado um quadro interativo com referência aos 10 sismos mais mortíferos de sempreClic no título e conheça um pouco da historia sismológica.

 

No que toca à Autoridade Nacional de Protecção Civil,  esta tem desenvolvido ao longo do tempo atividades conducentes ao conhecimento do risco sísmico e à sua minimização, a destacar:

  • Realização de exercícios, tal como o Exercicio PTQuake’09;

  • Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve
  • Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes;
  • Participação em missões de observação de sismos ocorridos em diversas partes do mundo para recolha de ensinamentos (sismo de 17 de Janeiro de 1994 em Northridge, Los Angeles, E. U. A.; sismo de 7 de Julho de 1998 nos Açores; Turquia 1999; Argélia, 2003; Irão, 2003; Marrocos, 2004; Indonésia, 2004, L’Aquilla 2009);
  • Estudo das vulnerabilidades sísmicas de obras de arte (quatro viadutos pertencentes ao concelho de Lisboa),
  • Ações de informação e sensibilização da população e instituições.

É justamente neste âmbito, das ações de informação e sensibilização da população e instituições que se insere o meu estágio.

Como já referi em publicação anteriores, durante os 3 meses de estágio decorreram ações de sensibilização quinzenais no Centro Escolar Santa Maria, sobre diversas temáticas, sendo uma delas os sismos.

Para coadjuvar a sensibilização é visualizado o vídeo do TINONI.            


Uma das sessões destas ações foi inteiramente realizada e orientada por mim.
Esta experiência foi muito gratificante pois participei neste universo de interação com todas estas crianças.
Foi duplamente interessante dado que este público dos 3 aos 5 anos é extremamente exigente e intolerante e, consegui ao longo da atividade captar a sua atenção e conseguir a sua participação. 

Ressalvo a importância de cada temática abordada, durante estas ações de sensibilização, no contributo para a implementação de uma cultura de segurança.

Apresento algumas imagens da ação.

Imagem 1 
Imagem 2









Enquanto futura técnica de Saúde Ambiental, não posso deixar de salientar a relevância da profissão neste tema - os sismos.

Sendo que quando surgem situações suscetíveis de causarem ou acentuarem prejuízos graves à saúde, dos cidadãos ou dos aglomerados populacionais, assim como para o controlo dos fatores de risco, à entidade a quem compete a decisão de intervenção do Estado na defesa da saúde pública, na prevenção da doença e na promoção e proteção da saúde é a Autoridade de Saúde.

Os técnicos de Saúde Ambiental, em regime público, nos centros de saúde desempenham as suas funções na unidade de saúde pública e devido a sua formação, nas áreas da promoção da saúde, habitat e emergência, comportam habilitações que se destingem dos demais.


A gestão da emergência representa um ciclo de ação com as seguintes fases:
  1.  Pré-emergência;
  2.  Emergência;
  3.  Pós-emergência.
Figura 2 - Fases da Emergência 


Nestas 3 fases o campo de atuação do técnico de Saúde Ambiental incide:

1- Fase Pré-emergência

Nesta fase é importante colaborar-se na avaliação dos perigos e vulnerabilidades existentes em determinada comunidade, ou seja:
  • No levantamento, previsão, avaliação e prevenção de riscos coletivos de origem natural, humana ou tecnológica e análise de vulnerabilidades das populações e dos sistemas ambientais a eles expostos;
  • No planeamento de emergência promovido pelos serviços de proteção civil e em particular, desencadear a implementação dos planos específicos da saúde (Planos de Contingência), tais como os planos de alterações climáticas, epidemias, entre outros;
  • No planeamento de exercícios e simulacros destinados à manutenção da eficácia das respetivas equipas de intervenção;
  • Na identificação de indivíduos vulneráveis e no apoio ao estabelecimento de locais para abrigo.
  • Na identificação e caracterização de população vulnerável, assim como dos recursos disponíveis, permitem adequar e disponibilizar os recursos de saúde, sociais e locais (abrigos), atendimento de vítimas e mortuária.

 Os abrigos devem ser locais ou espaços que correspondam às necessidades e vulnerabilidades da população evacuada ou deslocada.


2- Fase de Emergência

Na Fase de Emergência, as atividades a desenvolver centram-se no socorro e assistência imediata às vítimas e na implementação de medidas que limitem os possíveis efeitos secundários da emergência.

As atividades de saúde ambiental coordenadas pela Autoridade de Saúde, têm como finalidade:
  • Prevenir as doenças e controlar fatores de risco decorrentes da situação de emergência;
  • Garantir que o fornecimento de bens essenciais é efetuado em qualidade e quantidade, tal como a alimentação;
  • Garantir que a distribuição de água potável para consumo humano é feita de acordo com as regras higio - sanitárias adequadas;
  • Garantir as medidas adequadas a minorar os riscos decorrentes das alterações das redes de saneamento básico e recolha de resíduos (estações de tratamento de esgotos e aterros sanitários);
  • Garantir a vigilância adequada de vetores em colaboração com a Autoridade Veterinária;
  • Garantir a adequada vigilância da higienização das estruturas de apoio (saúde e sociais).

3- Fase Pós-emergência

Na Fase Pós-emergência as ações a desenvolver visam o restabelecimento do quotidiano das pessoas, protegendo-as dos possíveis efeitos secundários das situações de emergência.

  • Avaliação dos danos  -  A identificação dos danos originados pela situação de emergência é importante para a avaliação de riscos secundários bem como para a continuidade de assistência à população.
  • Vigilância Epidemiológica - Para a deteção de alterações aos fatores determinantes e condicionantes do estado de saúde da população, em particular os ambientais, é essencial que se desenvolvam ou reforcem Programas de Vigilância Epidemiológica, tais como:
Figura 3 - Programas de vigilância 






Um Comentário …uma dica…


Sabe o que fazer  antes, durante e depois de um Sismos


Se não… Siga as medidas de autoproteção contidas neste folheto - SISMOS e divulgue-as.





O seu contributo é precioso.

Conto com o seu comentário.



Até Breve

 




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