quinta-feira, 27 de março de 2014

Serviço Externo


Um dia diferente...


Olá caros leitores!



Com o objetivo de fomentar a reflexão, a capacidade de interação e a relação com outros ambientes, que fazem parte da nossa sociedade, foi organizada uma visita as instalações do Regimento de Infantaria de Beja, da qual fizeram parte por todos os meninos com Necessidades Educativas Especiais, doravante NEE, das escolas públicas de Beja.


Ao longo das últimas décadas, tanto a nível internacional, como a nível nacional, foram tomadas várias iniciativas e elaborados vários documentos com o objetivo de impulsionarem os princípios da escola inclusiva, desafiando todos os profissionais que laboram quotidianamente com o público com necessidades educativas especiais a enfatizarem as capacidades destas crianças e a promoverem situações de aprendizagem que permitam aumentar o seu sucesso e preparação para a vida em sociedade.


No que confere a Portugal, “foi durante o século XX, mais especificamente no decorrer da década de setenta, que se iniciou a integração escolar influenciada pelas diferentes correntes ideológicas ligadas à educação especial e decorrente do alargamento da escolaridade à população em geral. Atualmente, os princípios e as práticas intrínsecas à inclusão, alicerçam-se na Declaração de Salamanca cujo objetivo primeiro, claro e inequívoco, foi a promoção de uma escola regular para todos, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, linguísticas ou outras e que, através de uma educação diferenciada, responda às necessidades educativas individuais dos seus frequentadores. Assim, a Declaração de Salamanca (1994) declara que as crianças com necessidades educativas especiais devem frequentar escolas de ensino regular e acrescenta que estas constituem um dos meios mais eficazes para combater a discriminação e ao mesmo tempo fomentar uma sociedade inclusiva que proporcione uma educação adequada a todos sem exceção. Portugal foi um dos muitos países que subscreveu esta declaração comprometendo-se, dessa forma, a desenvolver o sistema educativo no sentido da inclusão de todas as crianças e jovens, independentemente das diferenças ou dificuldades individuais.” – Dissertação: Conceções e práticas de professores de 2º e 3º ciclo do Ensino Básico face à inclusão de crianças com Necessidades Educativas Especiais (Rebelo;2011)


Figura 1 - Educação Especial

Encontramo-nos assim, no entender de Bautista (1997) perante um novo “modelo de escola aberta à diferença, onde se tenta que as minorias encontrem uma resposta às suas necessidades especiais”. Não obstante, este desafio implica uma mudança organizacional profunda na forma como hoje em dia se faz educação (Correia, 2005), ou seja, exige modificações, quer a nível dos recursos físicos, materiais e humanos, quer a nível da sala de aula, relação pedagógica e aspetos curriculares. Neste contexto, a escola tem “como função principal gerir, e criar condições de processos democráticos, funcionando como centro cultural e educacional dos alunos e da restante comunidade escolar. Deve promover-lhes o desenvolvimento integral numa perspetiva de preparação para a vida social, profissional e como cidadãos críticos e construtivos.” (Santos, 2007). A filosofia inerente à escola inclusiva pressupõe, assim, flexibilidade curricular que segundo Sanches (2001) é um desafio à criatividade e inovação, fazendo com que a diferença de cada um seja uma mais-valia para o grupo e para a criança portadora de deficiência. Nesta perspetiva, adquire importância relevante o desempenho do professor, no que respeita à diversificação das práticas pedagógicas e no desenvolvimento de metodologias e estratégias que facilitem a progressão da aprendizagem dos alunos, tais como, a diferenciação pedagógica, adaptações curriculares ou o trabalho cooperativo.



 A Educação Especial apresenta um percurso em constante mudança.



Da situação em que a criança com Necessidades Educativas Especiais (NEE) era excluída do contexto socioeducativo, passámos para uma nova realidade: a inclusão. Nessa realidade tornou-se evidente a preocupação em dar resposta a todas as crianças com NEE.

A adequação da prática educativa e o estabelecimento de relações interpessoais empáticas podem contribuir para a promoção desse envolvimento, de modo a que o atendimento proporcionado às crianças com NEE as encaminhe no sentido do sucesso educativo. Daí que a atitude e a qualidade científico-pedagógica dos docentes se torne relevante. Aos educadores é exigido o desenvolvimento de uma pedagogia –EDUCAR- centrada na criança, a adaptar-se às hipóteses estabelecidas quanto ao ritmo e natureza dos processos de aprendizagem (Declaração de Salamanca, 1994).

O artigo seguinte pretende ser uma articulação entre a teoria e a prática das várias tipologias das Necessidades Educativas Especiais, possibilitando assim a transformação das representações sobre a realidade e das ações concretas sobre a realidade, num processo dialético.

Nas páginas referentes às tipologias, é possível aceder a uma série de orientações curriculares a serem adotadas pelas escolas e professores quando se deparam com uma criança com Baixa Visão e Cegueira











No conjunto de crianças que fizeram parte da visita inclui-se um grupo de meninos que pertencem ao Clube de Proteção civil.

Figura 2 










É neste âmbito, dos Clubes de Proteção Civil que se proporciona a nossa cooperação. 

Os clubes de Proteção Civil, contam com inúmeras atividades, físicas e lúdicas, tal como disponibilizam a um vasto leque de crianças informação e instrução.
Neste grupo em especial trabalha diversos temas da Proteção Civil e tenta adaptar os mesmos as suas diferenças.


O grupo de trabalho com Necessidades Educativas Especiais, é um grupo muito interessante, com diferentes personalidades e realidades, no entanto consegue mediante as suas dificuldades adaptar-se as situações e desempenhar um excelente trabalho.  


Um conhecimento…uma dica.


Uma forma de conhecer a vulnerabilidade das instalações, dos equipamentos e dos espaços onde as crianças, adolescentes e jovens circulam é por meio da identificação dos riscos no ambiente escolar, com o objetivo de corrigi-los ou eliminá-los:

  • Esse procedimento implica diagnóstico de situação com propostas de correção e envolvimento dos gestores e gerentes da educação e da saúde na adoção de soluções.
  • Uma escola inclusiva deverá também considerar ambientes e equipamentos que permitam acessibilidade e livre-trânsito e apoio aos estudantes com deficiência.
  • Os projetos e atividades relacionados com a comunidade educativa e os riscos do ambiente na saúde, como as áreas de lazer inadequadas, muros e vias de acesso, trânsito e outros que ofereçam riscos aos alunos, deverão apelar à participação dos jovens nos processos de tomada de decisão e no desenvolvimento de ações que contribuam para um ambiente saudável e sustentável, por meio da partilha de boas práticas e de um trabalho em rede (PORTUGAL, 2006).



“A Educação Ambiental é cada vez mais sinónimo de uma forma de aprendizagem que pretende privilegiar a educação para a tomada de consciência ambiental e para o desenvolvimento sustentável. A necessidade de uma educação que tenha como objetivo a formação de cidadãos com cultura ambiental, intervenientes e sobretudo preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do meio ambiente é cada vez mais uma prioridade a assumir. Porém, nem todos os cidadãos possuem a capacidade e acessibilidade de receber uma educação ambiental adaptada às suas capacidades."

 "Em 2006, durante o V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental foi proposto a inserção de uma educação especial envolvendo pessoas com deficiência nas políticas públicas e programas de educação ambiental. Apesar de em Portugal não haver valores concretos em relação ao número de pessoas com deficiência, a sua integração e inclusão na educação ambiental é uma realidade que deve ser encarada como sendo um direito comum à vida. O objetivo desta comunicação é discutir e aprofundar a temática da educação ambiental para deficientes, tendo como base, o caso de estudo do Eco parque Sensorial da Pia do Urso, sendo o primeiro eco parque em Portugal destinado especialmente para invisuais. In Educação Ambiental na Deficiência: Caso de Estudo doEco parque Sensorial da Pia do Urso






O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.


Até Breve.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Serviço externo


Proteção Civil ...Um mundo.

 

Olá caros leitores.


A semana que decorreu verificou-se muito agitada, para além dos projetos já delineados também se colaborou com a iniciativa desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Beja. No início da semana realizou-se uma ação de sensibilização com os pais dos alunos, do 1º ano, da Escola Básica de Santa Maria, em Beja, no âmbito de um projeto que se encontra a decorrer, em parceria com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, com o nome Arco-íris da Segurança. Ao longo da semana decorreram algumas atividades referentes ao dia Mundial da Proteção Civil, organizadas pela Proteção Municipal de Beja.

Em relação a ação de sensibilização realizada na escola, o projeto Arco-íris da Segurança visa munir os alunos de ferramentas para uma cultura de segurança, em conformidade com o plano curricular são trabalhados alguns conceitos de segurança, como por exemplo: 

  • Segurança em casa
  • Segurança na rua
  • Sismos
  • Inundações  
  • Saber pedir socorro – 112
Os conteúdos são introduzidos ao longo do ano escolar e são trabalhos com pequenas sessões onde as crianças podem visualizar os vídeos referentes aos temas e se procede a uma discussão do tema com todos os intervenientes, crianças e as educadoras.

Uns dos projetos que se tem vindo a desenvolver e que prima pela originalidade, é o projeto “Saber pedir socorro – 112”. Os alunos dos 3 aos 4 anos aprendem o que se deve fazer em caso de emergência, como marcar o 112, dizer o nome e a morada, e saber descrever a situação.
Este projeto, é um vencedor,  a quando de uma situação de emergência:

  • Uma mãe, com 30 anos,  encontrava-se sozinha com o seu filho sentindo-se mal perdendo os sentidos, a criança ciente do que aprendeu nas aulas lembrou-se da brincadeira que tinha realizado na sala de aula, relativamente ao projeto, e marcou o 112. Todas as perguntas remetidas pela emergência forma respondidas de forma assertiva a cada pergunta que lhe era remetida. 

Em 5 minutos é enviado o  INEM para a morada e socorrida a mãe da criança. 
Hoje em dia a  mãe encontra-se bem  de saúde e deveu em parte a coragem e conhecimento do seu filho. Na sequência de um acidente ou de uma doença súbita, a probabilidade de sobrevivência e recuperação das vítimas depende da capacidade de quem presencia o acontecimento, saber quando e como pedir ajuda é extremamente importante




Figura 1 - Imagens do 112

Até há algum tempo atrás, considerava-se que as crianças pequenas tinham poucas capacidades de memória. Estranhamente, qualquer pai, mãe ou simplesmente, bom observador, deve ter registado a crença oposta. Do ponto de vista da pesquisa, a grande alteração surgiu quando a partir da década de 70 se deixou de olhar para a memória como um processo distinto e separado dos outros processos cognitivos mas antes, como uma atividade cognitiva embebida nas tarefas cognitivas e sociais.” in (Guerreio & Matta, 1999).

"É a escola, como instituição formal, que aparece relacionada com a situação de se ter que memorizar algo para alguém poder ver e avaliar. Para além disso, o processo de escolarização leva a criança a exercitar as suas capacidades menésicas e a saber quando e como utilizar as melhores estratégias para memorizar e recordar." in (Guerreio & Matta,1999).

No prosseguimento da ação de sensibilização, todos os meninos realizaram  um convite para entregar aos pais no qual indicava o dia e a hora da ação. No entanto foi com alguma plangência que constatamos que de todos os convites enviados, mais os menos 80, apenas 10 pais se encontravam presentes.

Para esta ação foi necessário criar um folheto, com as áreas de intervenção que se encontram a ser trabalhadas pelos alunos. Este pretende dar a conhecer os conteúdos ministrados pelos meninos, na escola e ser um instrumento de informação aos pais de todas as atividades pelo Clube de Proteção Civil. Este tipo de iniciativas é importante para esclarecer as dúvidas dos pais e sensibilizar para uma cultura de segurança.

Disponibiliza-se o folheto para consulta:





Figura 2 - Face 1 do folheto

Figura 3 - Face 2 do folheto




No início do mês de Março comemorou-se o dia Mundial da Proteção Civil.        
O dia Mundial da Proteção Civil foi criado por decisão da Assembleia Geral, Organização Internacional de Defesa Civil (ICDO) em 1990 e é comemorado todos os anos no dia 1 de Março. Este dia celebra a entrada em vigor da Constituição, Organização Internacional de Defesa Civil (ICDO) como uma organização intergovernamental em 1972, e tem dois propósitos principais:
  • ·     O de trazer à atenção do público mundial a importância vital da Proteção Civil, de sensibilização para a preparação, e de medidas de prevenção e autoproteção em caso de acidentes ou catástrofes;
  • ·     Homenagear os esforços, sacrifícios e realizações de todos os serviços nacionais responsáveis ​​pela luta contra as catástrofes. in (ICDO)


"As Jornadas Mundiais são uma ocasião para uma variedade de eventos nacionais: colóquio, conferências, rádio e televisão debates, jornadas de portas abertas, prevenção de desastres e simulação de exercícios, e uma oportunidade para fazer um balanço do desenvolvimento das estruturas de proteção civil e da técnica existente e equipamento meios disponíveis."  in (ICDO)

"Esta iniciativa visa atrair a atenção de todos os países do mundo para a importância dos temas associados à proteção civil, nomeadamente para a prevenção. Este ano, o enfoque foi uma cultura de prevenção para uma sociedade mais segura. Ao abrigo desta comemoração, os vários países são encorajados a promover toda uma série de iniciativas que vão desde a realização de seminários, elaboração e difusão de comunicados de imprensa, visitas as instalações dos serviços de proteção civil nacionais..."  in (ANPC)


A ANPC tem participado ao longo dos últimos anos, e de uma forma muito ativa, nas comemorações do Dia Mundial da Proteção Civil.

Figura 4 - Dia Internacional da Proteção Civil

Este ano foram realizadas algumas atividades a nível municipal, citam-se duas:  
Câmara Municipal de Beja
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo.

 Em cada município existe uma Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC), organismo que assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal, imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe, se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto

O sistema de proteção civil do nosso país está enquadrado em diversos agentes, cada um deles com a sua responsabilidade e linhas de ação. Assim, temos - e por ordem hierárquica das entidades responsáveis pela proteção Civil:
o    A Assembleia da República;
o    Conselho de Ministros;
o    Primeiro-Ministro;
o    Conselho Superior de Proteção Civil;
o    Comissão Nacional de Proteção Civil.
Estrutura Organizativa dos serviços de Proteção Civil:
o    Serviço Nacional de P. C.;
o    Serviços Regionais de P. C.;
o    Serviços Municipais de P. C..

A coordenação operacional destes serviços, está a cargo dos Centros Operacionais de Proteção Civil - que serão ativados em caso de situações de emergência. in (Proteção Civil).

Existem ainda instituições não-governamentais de proteção civil - Agentes de Proteção Civil - localizadas na área do município, e que exercem funções importantes nas questões de Proteção Civil Municipal (e Nacional). Estas instituições, têm missões nos domínios do aviso, alerta, intervenção, apoio e socorro, de acordo com as suas atribuições próprias. São elas, entre outras, a Cruz Vermelha Portuguesa, Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, CNE, grupos de ecologia e defesa do ambiente, serviços de segurança e/ou socorro de empresas privadas, etc. (Proteção Civil).


Com a entrada em vigor da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, é estabelecida uma nova moldura legal de enquadramento institucional e operacional no âmbito da Proteção Civil Municipal. Este diploma impôs aos Municípios a criação do respetivo Serviço Municipal de Proteção Civil, aos quais cabe desenvolver atividades de planeamento de operações, prevenção, segurança, e informação pública, tendentes a prevenir riscos coletivos inerentes à situação de acidente grave ou catástrofe, de origem natural e ou tecnológica, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram e apoiar a reposição da normalidade da vida. Os Serviços Municipais de Proteção Civil têm como objetivo o cumprimento dos planos e programas estabelecidos, e a coordenação das atividades a desenvolver nos domínios da Proteção Civil.

Em relação a Câmara Municipal de Beja forma delineadas algumas atividades, ou seja uma exposição de trabalhos, na cafetaria da biblioteca Municipal de Beja, realizados pelos alunos que fazem parte do clube de Proteção Civil, Escola secundaria Dom Manuel I, Escola básica Mário Beirão e Escola básica Santa Maria. E um seminário que decorreu no auditório da biblioteca Municipal de Beja, sobre  - “Fogos, uma realidade todos os anos”.



Figura 5 - Convite para assistir ao seminário  


O seminário “Fogos, uma realidade todos os anos”, contou com a presença do vereador da Câmara Vítor Picado e outros elementos.

Apresenta-se o programa:


Figura 6 - Programa do seminário 

Neste dia, alguns colegas do curso de saúde ambiental, a Ana, o Rui e o Luís, decidiram participar nas atividades e inscreveram-se para assistir ao seminário. Está parceria de colegas constitui-o uma mais-valia, pois foi possível trocar algumas ideias em relação ao seminário e ao estágio de cada um.

Por último decorria junto do edifício da Casa da Cultura de Beja, uma exposição de alguns meios da Proteção Civil. Esta exposição foi uma excelente ideia, pela difusão e informação dos meios de proteção disponível à população e pelo entretenimento que protagonizou as crianças. 


Aqui ficam algumas fotos do acontecimento:

Imagem 1
Imagem 2










Imagem 3






















Os agentes de Protecção Civil são entidades que atuam sob a direção dos comandos e chefias próprias e que exercem funções de aviso, alerta, intervenção apoio e socorro, de acordo com as suas próprias atribuições. Para melhor visualizar o trabalho destas entidades, deixo-vos um video produzido pela ANPC


  24 Horas na ANPC:

 


Esta semana, pelo número de atividades desenvolvidas e pelos conceitos apreendidos conseguiu-se formar uma massa consistente de aprendizagem o que proporcionou o desenvolvimento do estágio.
O técnico de saúde ambiental  qualifica-se como um profissional mais tecnicista, no entanto não pode descuidar do básico da sociedade, ou seja deve conhecer as realidades e conseguir “vender” as suas ideias. Realmente parece bastante fácil no entanto cada público dispõe de características peculiares e deve-se tentar adequar a mensagem  a estás mesmas. A maior parte das vezes o que se verifica numa ação de sensibilização em que englobe adultos, como foi o caso da realizada na última semana, é a pouca afluência a mesma. Neste caso o técnico tem que conseguir não só passar a mensagem como conseguir persuadir para se deslocarem a uma próxima intervenção.   
Na sensibilização aos pais foi realizada uma abordagem a segurança em casa, esta constitui uma das realidades atuais, talvez pela falta de tempo que os pais dispõem para acompanhar os seus filhos, ou por outras razões,  por vezes delega-se um pouco a segurança -  “Nos últimos cinco anos os acidentes relacionados com o tráfego rodoviário e o trabalho estão em constante declínio, mas o mesmo não se verifica em relação aos traumatismos por acidentes domésticos e de lazer. Neste momento, a maioria dos traumatismos (73%) são devido a acidentes domésticos e de lazer, afetando particularmente grupos vulneráveis, indivíduos com menos recursos, crianças e idosos. Existem grandes diferenças entre os países quanto ao número de acidentes fatais e traumatismos acidentais com tratamento hospitalar, por 100.000 habitantes. Em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Departamento de Epidemiologia, mantém em atividade o sistema nacional de vigilância dos acidentes EVITA, recolhendo dados nos serviços de urgência sobre acidentes domésticos e de lazer. Dados provisórios referentes a 2012 apontam um internamento de 6,6% do total de acidentes reportados. É em crianças até aos 14 anos que ocorrem cerca de 41,5% do total de acidentes. Estes ocorreram principalmente em casa (36,4%), na escola (22,7%) e em atividades ao ar livre (11,5%), sendo relevante afirmar que 20,5% dos acidentes ocorreram dentro de casa. Relativamente ao mecanismo de lesão a queda foi o que revelou uma percentagem mais elevada (59,4%) seguida de atingido por um objeto (11,7%). Dados que se têm mantido estáveis e que se revelam como fundamentais para delinear programas de prevenção, tornando-se necessário melhorar a recolha de informação.” in (INSA, 2013).   


Até breve.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Clubes de Proteção Civil


Clubes de Proteção civil



Olá caros leitores!



No dia 6 do corrente mês, veio a proporcionar-se a primeira saída de serviço externo,  ao desencadear-se uma reunião com a responsável da Escola Secundaria de Odemira e a responsável pela segurança da mesma escola, no intuitivo de implementar, na escola um programa de conteúdos para um clube escolar de segurança e prevenção de riscos naturais e tecnológicos, o Clube de Proteção Civil.

Figura 1 -  Imagem Projeto "Na escola em Segurança" regressa á escola


Os Clubes de proteção civil surgem na sequência da planificação a nível europeu, duma estratégia para a criação de sociedades mais resilientes. Que de acordo com o artigo cientifico “Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente”, dos autores J.L. Pais Ribeiro e Rita Morais,  onde se adjudicam conceitos de vários autores, descreve que "a resiliência refere-se a um processo dinâmico que abrange a adaptação positiva num contexto de adversidade significativa."
"Explica que o conceito de resiliência se desenvolveu a partir de uma abordagem reducionista orientada para problemas, para uma abordagem de desenvolvimento de recursos pessoais úteis para enfrentar a adversidade. Onde se podem identificar três vagas no estudo desta variável. A primeira propunha-se identificar as características das pessoas que se desenvolvem mesmo perante fatores de risco ou adversidade, por comparação com as pessoas que sucumbem perante as mesmas condições; a segunda visa identificar o processo pelo qual se obtêm as qualidades resilientes; a terceira aborda o conceito como força motivacional, como energia, que leva à reintegração ou reorganização do indivíduo após eventos que surgem no decorrer da vida." in artigo cientifico Adaptação portuguesa da escala breve decoping resiliente


Com os atentados WTC, nos Estados Unidos e o Tsunami de 2004 na Tailândia, catpultou-se 
a implementação de sistemas que pudessem atuar na prevenção das sociedades. Estas e outras catástrofes “obrigaram” a União Europeia e Office of the Information and Privacy Commissioner (OIPC) a repensarem as estratégias da implementação de uma cultura de segurança na Europa.

 De acordo com a investigação desenvolvida pela Proteção Civil Municipal de Coimbra:  "O ano de 2008 foi proclamado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), que visa destacar o papel das Ciências da Terra em vários domínios da Sociedade. O Ano Internacional do Planeta Terra é uma iniciativa global, inserida na Décadas das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, e os seus responsáveis preconizam que uma melhor integração das Ciências da Terra nos diversos sistemas educativos poderá contribuir para a formação de cidadãos informados, participativos e comprometidos com uma gestão responsável do planeta e dos seus recursos, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável. De entre os temas principais do programa científico do AIPT, destaca-se o tema Desastres Naturais, minimizar o risco, maximizar a consciencialização, uma vez que, o impacte dos riscos geológicos nas nossas vidas e na economia é enorme e nunca deixará de existir.” in artigo cientifico (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)

  
Uma das funções do Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo é a sensibilização nas escolas, para a implementação de Clubes de Proteção civil, no intuito de estás ministrarem com os alunos atividades no campo de ação da proteção civil. Com  as temáticas abordadas pretende-se criar uma cultura de segurança na comunidade escolar e por consequência estender a sociedade em geral.

Como é do conhecimento:
“A espécie humana ocupa a superfície terrestre do planeta, organizando-se em sociedades cada vez mais complexas e artificiais, numa aparente harmonia com a natureza, mas sujeita a perigos e a eventos naturais intensos que comprometem, frequentemente, o equilíbrio entre o ambiente social e o ambiente natural” (Sensibilizaçãoem Proteção Civil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de ProteçãoCivil de Coimbra)

Desde sempre, os riscos/perigos têm acompanhado a vida humana, razão pela qual a proteção dos cidadãos enfrenta um constante desafio colocado pelos muitos perigos inerentes aos desastres e às catástrofes naturais. Por este motivo, os ensinamentos extraídos da análise sistemática da evolução de processos ou eventos danosos e destrutivos e das circunstâncias que contribuíram para a sua ocorrência são de importância crucial para a redução de riscos futuros e para a definição de prioridades na gestão da vulnerabilidade e na mitigação dos riscos.

Nesse sentido, o parecer do Comité das Regiões da União Europeia -“realça a importância de incluir, em todas as suas fases, medidas de informação, formação e sensibilização dos cidadãos sobre os riscos de catástrofes e os planos de intervenção, prestando particular atenção à população infantil e juvenil e a outros sectores especialmente vulneráveis em caso de emergência, como pessoas idosas e de mobilidade reduzida”. in artigo  (Sensibilização em ProteçãoCivil – Uma investigação centrada na Casa Municipal de Proteção Civil de Coimbra)


No que foca a população infantil e juvenil a Escola para além de espaço dinâmico de transmissão de saberes, constitui fator de integração na sociedade e vetores de formação do futuro cidadão, interveniente e responsável. Na preparação do aluno para a vida ativa e para o exercício da cidadania, emerge nos curriculas escolares, com crescente importância, um conjunto de competências em diversas áreas: saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável, direitos, consumo e segurança.

 A educação para a segurança e prevenção de riscos - "é um elemento fundamental na construção de uma cultura de segurança, ao desenvolver competências no âmbito da prevenção e autoproteção. Competências que contribuam para a adoção de atitudes e comportamentos responsáveis e adequados face a acidentes graves ou catástrofes que as populações possam vir a enfrentar." (Clubes da Proteção Civil)

  • Educar para a segurança é educar para a prevenção. A educação para a prevenção permite colocar o aluno na posição de ator. Embora disponível para aceitar informação, deve também tomar iniciativas para a obter, pesquisando e participando. Respondendo à sua curiosidade e colocando à sua disposição uma série de recursos, o aluno vê reforçada a sua autoconfiança, permitindo, desta forma, o desenvolvimento de relação confiança no seio da comunidade escolar e de solidariedade com os colegas e comunidade. Toma assim consciência do alcance dos seus atos e das responsabilidades que lhe advêm do exercício dos seus direitos. (Clubes da Proteção Civil)             


O curso de saúde ambiental engloba um vasto leque de conteúdos programáticos, que proporcionam aos alunos conhecimentos e partilha nas mais variadas áreas.  Umas das áreas que é abordada no curso de saúde ambiental é a promoção da saúde que de acordo com a Carta de Ottawa se define - "A Promoção da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identificar e realizar as suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio. Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma finalidade de vida"in CARTA DE OTTAWA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde Ottawa, Canadá, 17-21 Novembro de 1986

No contexto de aula a unidade curricular permite aos alunos a identificação dos grupos de riscos e quais os a intervir, tal como o conhecimento de técnicas de transmissão de mensagem e dá a conhecer algumas situações de risco que se podem encontrar junto da população.
Um dos grupo onde a mensagem se torna mais eficaz, ou seja apreensível, são as crianças, principalmente em idade escolar. O universo da escola é também fomentado na saúde ambiental através da vertente da saúde escolar.  De acordo com a Direção Geral da Saúde, - Saúde Escolar é o referencial do sistema de saúde para o processo de promoção da saúde na escola, que deve desenvolver competências na comunidade educativa que lhe permita melhorar o seu nível de bem-estar físico, mental e social e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida. A investigação vem demonstrando que a maior parte dos problemas de saúde e dos comportamentos de risco, associados ao ambiente e aos estilos de vida, pode ser prevenida ou significativamente reduzida através de um programa de saúde escolar efetivo.  in Direção Geral da Saúde.

A Direção Geral da Saúde criou para melhor difundir as atividades correspondente a saúde escolar, o Programa Nacional de Saúde Escolar através do Despacho n.º 12.045/2006, publicado no Diário da República n.º 110 de 7 deJunho.
Programa Nacional de Saúde Escolar foi divulgado através da Circular Normativan.º 7/DSE de 29/6/06
"O Programa Nacional de Saúde Escolar ao intervir no Jardim-de-infância e nas Escolas do Ensino Básico e Secundário assume um papel activo na gestão dos determinantes da saúde da comunidade educativa, constituindo as equipas de saúde escolar a interface com o sistema educativo para a sua implementação." in Direção Geral da Saúde.

O departamento onde decorre o estágio privilegia o universo escolar para fomentar as temáticas, este constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto que causa nas comunidades educativas quer pelo conhecimento que é transladado à população. 

 É nesta perspetiva que são  instituídos os Clubes de Proteção Civil, não só  de forma a conseguir a unificação de conteúdos mas também para a adoção de praticas de cultura de segurança.
 Os Clubes de Proteção Civil, disponibilizam as escolas um conjunto de recursos informáticos e formativos que contribuem para a aquisição de competências específicas no quadro da proteção civil, e as quais motivam ações integradas neste domínio.

 Estes recursos são disponibilizados num dossier, onde constam brochuras com temas temáticos da área, no final do dossier encontram-se algumas fichas com atividades para implementar nas diversas unidades curriculares.

 Este dossier pode ser consultado através da net:




  





    Já que se reforça a noção de que a antecipação permite uma preparação conscienciosa para a ação, e um atuação adequada em caso de emergência. Desta forma compete aos diferentes agentes de Proteção Civil, organizações mas também aos cidadãos, a informação e promoção destas matérias, o universo escolar constitui o território preferencial de intervenção, quer pelo impacto das comunidades educativas na população em geral, quer pelos efeitos multiplicadores nas futuras gerações. (Clubesda Proteção Civil)


    O seu contributo é precioso.
    Conto com o seu comentário.


    Até Breve.