Quando ocorre
um sismo…
Olá caros
leitores!
Depois
de uma semana bastante agitada, eis que me encontro a escrever novamente sobre
um novo tema.
O
tema que vos trago é particularmente interessante, não só pelo fenómeno natural de que se reveste,
como pela grande destruição que pode
causar: os sismos.
Em Portugal utiliza-se mais o termo terramoto, que vem do latim terreamoto.
Figura 1 - Sismo |
O fenómeno
natural, sismo classifica-se como um
“movimento
vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido
uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. Os sismos mais violentos resultam na sua maior parte dos movimentos das placas custais
particularmente em torno das margens do Oceano Pacifico e numa cintura que se
estende através da Europa do Sul até à Ásia.Os sismos menos violentos resultam em geral das erupções vulcânicas, desmoronamentos de
terra e das explosões.”
A grandeza de um sismo pode
ser medida de duas formas: pela magnitude e pela intensidade.
O livro “Conhecer para Prevenir”, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, desenvolve
a temática referida anteriormente e esclarece todas as dúvidas que possa
suscitar curiosidade, sobre o tema. Investigue!
Em relação a sismicidade
histórica,
“o território de Portugal
Continental tem sofrido, ao longo do tempo, as consequências de sismos de
magnitude moderada a forte, que resultaram muitas vezes em danos importantes em
várias cidades e vilas do país, como o comprovam os diversos relatos
históricos. O último sismo catastrófico que afetou o território do continente
foi o sismo de 1 de Novembro de 1755, considerado por vários autores um dos
maiores sismos de sempre (estimou-se a sua magnitude entre 8,5 e 9).” InSociedade portuguesa de Engenharia Sísmica
Este fenómeno de
nível global merece destaque nos órgãos de comunicação social - No Jornal de
Noticias pode ser consultado um quadro interativo com referência aos 10 sismos mais mortíferos de sempre. Clic no título e conheça um pouco da
historia sismológica.
No que toca à Autoridade Nacional de Protecção Civil, esta tem desenvolvido ao longo do tempo atividades
conducentes ao conhecimento do risco sísmico e à sua minimização, a destacar:
- Realização de exercícios, tal como o Exercicio PTQuake’09;
- Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve
- Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes;
- Participação em missões de observação de sismos ocorridos em diversas partes do mundo para recolha de ensinamentos (sismo de 17 de Janeiro de 1994 em Northridge, Los Angeles, E. U. A.; sismo de 7 de Julho de 1998 nos Açores; Turquia 1999; Argélia, 2003; Irão, 2003; Marrocos, 2004; Indonésia, 2004, L’Aquilla 2009);
- Estudo das vulnerabilidades sísmicas de obras de arte (quatro viadutos pertencentes ao concelho de Lisboa),
- Ações de informação e sensibilização da população e instituições.
É justamente neste âmbito, das ações de informação e sensibilização da
população e instituições que se insere o meu estágio.
Como já referi em publicação
anteriores, durante os 3 meses de estágio decorreram ações de sensibilização quinzenais
no Centro Escolar Santa Maria, sobre diversas temáticas, sendo uma delas os
sismos.
Uma das sessões destas ações foi
inteiramente realizada e orientada por mim.
Esta experiência foi muito
gratificante pois participei neste universo de interação com todas estas crianças.
Foi duplamente interessante dado que
este público dos 3 aos 5 anos é extremamente exigente e intolerante e, consegui
ao longo da atividade captar a sua atenção e conseguir a sua participação.
Ressalvo a importância de cada temática
abordada, durante estas ações de sensibilização, no contributo para a
implementação de uma cultura de segurança.
Apresento algumas imagens da ação.
Imagem 1 |
Imagem 2 |
Enquanto
futura técnica de Saúde Ambiental, não posso deixar de salientar a relevância
da profissão neste tema - os sismos.
Sendo
que quando surgem situações suscetíveis de causarem ou acentuarem prejuízos
graves à saúde, dos cidadãos ou dos aglomerados populacionais, assim como para o
controlo dos fatores de risco, à entidade a quem compete a decisão de
intervenção do Estado na defesa da saúde pública, na prevenção da doença e na
promoção e proteção da saúde é a Autoridade de Saúde.
Os técnicos de Saúde Ambiental, em regime
público, nos centros de saúde desempenham as suas funções na unidade de saúde
pública e devido a sua formação, nas áreas da promoção da saúde, habitat e emergência,
comportam habilitações que se destingem dos demais.
A gestão da emergência representa um
ciclo de ação com as seguintes fases:
- Pré-emergência;
- Emergência;
- Pós-emergência.
Figura 2 - Fases da Emergência |
Nestas 3 fases o campo de atuação do técnico de Saúde
Ambiental incide:
1- Fase Pré-emergência
Nesta
fase é importante colaborar-se na avaliação dos perigos e vulnerabilidades existentes
em determinada comunidade, ou seja:
- No levantamento, previsão, avaliação e prevenção de riscos coletivos de origem natural, humana ou tecnológica e análise de vulnerabilidades das populações e dos sistemas ambientais a eles expostos;
- No planeamento de emergência promovido pelos serviços de proteção civil e em particular, desencadear a implementação dos planos específicos da saúde (Planos de Contingência), tais como os planos de alterações climáticas, epidemias, entre outros;
- No planeamento de exercícios e simulacros destinados à manutenção da eficácia das respetivas equipas de intervenção;
- Na identificação de indivíduos vulneráveis e no apoio ao estabelecimento de locais para abrigo.
- Na identificação e caracterização de população vulnerável, assim como dos recursos disponíveis, permitem adequar e disponibilizar os recursos de saúde, sociais e locais (abrigos), atendimento de vítimas e mortuária.
Os abrigos devem ser locais ou espaços que correspondam
às necessidades e vulnerabilidades da população evacuada ou deslocada.
2- Fase de Emergência
Na
Fase de Emergência, as atividades a desenvolver centram-se no socorro e assistência
imediata às vítimas e na implementação de medidas que limitem os possíveis
efeitos secundários da emergência.
As
atividades de saúde ambiental coordenadas pela Autoridade de Saúde, têm como finalidade:
- Prevenir as doenças e controlar fatores de risco decorrentes da situação de emergência;
- Garantir que o fornecimento de bens essenciais é efetuado em qualidade e quantidade, tal como a alimentação;
- Garantir que a distribuição de água potável para consumo humano é feita de acordo com as regras higio - sanitárias adequadas;
- Garantir as medidas adequadas a minorar os riscos decorrentes das alterações das redes de saneamento básico e recolha de resíduos (estações de tratamento de esgotos e aterros sanitários);
- Garantir a vigilância adequada de vetores em colaboração com a Autoridade Veterinária;
- Garantir a adequada vigilância da higienização das estruturas de apoio (saúde e sociais).
3- Fase Pós-emergência
Na
Fase Pós-emergência as ações a desenvolver visam o restabelecimento do quotidiano
das pessoas, protegendo-as dos possíveis efeitos secundários das situações de
emergência.
- Avaliação dos danos - A identificação dos danos originados pela situação de emergência é importante para a avaliação de riscos secundários bem como para a continuidade de assistência à população.
- Vigilância Epidemiológica - Para a deteção de alterações aos fatores determinantes e condicionantes do estado de saúde da população, em particular os ambientais, é essencial que se desenvolvam ou reforcem Programas de Vigilância Epidemiológica, tais como:
Figura 3 - Programas de vigilância |
Todas
as informações foram recolhidas do documento “Proteção Civil e Autoridade de Saúde ,estrutura, articulação e atribuições”
Um Comentário …uma dica…
Sabe o que fazer antes,
durante e depois de um Sismos
Se não… Siga as medidas de
autoproteção contidas neste folheto - SISMOS e divulgue-as.
O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.
Até Breve