quinta-feira, 27 de março de 2014

Serviço Externo


Um dia diferente...


Olá caros leitores!



Com o objetivo de fomentar a reflexão, a capacidade de interação e a relação com outros ambientes, que fazem parte da nossa sociedade, foi organizada uma visita as instalações do Regimento de Infantaria de Beja, da qual fizeram parte por todos os meninos com Necessidades Educativas Especiais, doravante NEE, das escolas públicas de Beja.


Ao longo das últimas décadas, tanto a nível internacional, como a nível nacional, foram tomadas várias iniciativas e elaborados vários documentos com o objetivo de impulsionarem os princípios da escola inclusiva, desafiando todos os profissionais que laboram quotidianamente com o público com necessidades educativas especiais a enfatizarem as capacidades destas crianças e a promoverem situações de aprendizagem que permitam aumentar o seu sucesso e preparação para a vida em sociedade.


No que confere a Portugal, “foi durante o século XX, mais especificamente no decorrer da década de setenta, que se iniciou a integração escolar influenciada pelas diferentes correntes ideológicas ligadas à educação especial e decorrente do alargamento da escolaridade à população em geral. Atualmente, os princípios e as práticas intrínsecas à inclusão, alicerçam-se na Declaração de Salamanca cujo objetivo primeiro, claro e inequívoco, foi a promoção de uma escola regular para todos, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, linguísticas ou outras e que, através de uma educação diferenciada, responda às necessidades educativas individuais dos seus frequentadores. Assim, a Declaração de Salamanca (1994) declara que as crianças com necessidades educativas especiais devem frequentar escolas de ensino regular e acrescenta que estas constituem um dos meios mais eficazes para combater a discriminação e ao mesmo tempo fomentar uma sociedade inclusiva que proporcione uma educação adequada a todos sem exceção. Portugal foi um dos muitos países que subscreveu esta declaração comprometendo-se, dessa forma, a desenvolver o sistema educativo no sentido da inclusão de todas as crianças e jovens, independentemente das diferenças ou dificuldades individuais.” – Dissertação: Conceções e práticas de professores de 2º e 3º ciclo do Ensino Básico face à inclusão de crianças com Necessidades Educativas Especiais (Rebelo;2011)


Figura 1 - Educação Especial

Encontramo-nos assim, no entender de Bautista (1997) perante um novo “modelo de escola aberta à diferença, onde se tenta que as minorias encontrem uma resposta às suas necessidades especiais”. Não obstante, este desafio implica uma mudança organizacional profunda na forma como hoje em dia se faz educação (Correia, 2005), ou seja, exige modificações, quer a nível dos recursos físicos, materiais e humanos, quer a nível da sala de aula, relação pedagógica e aspetos curriculares. Neste contexto, a escola tem “como função principal gerir, e criar condições de processos democráticos, funcionando como centro cultural e educacional dos alunos e da restante comunidade escolar. Deve promover-lhes o desenvolvimento integral numa perspetiva de preparação para a vida social, profissional e como cidadãos críticos e construtivos.” (Santos, 2007). A filosofia inerente à escola inclusiva pressupõe, assim, flexibilidade curricular que segundo Sanches (2001) é um desafio à criatividade e inovação, fazendo com que a diferença de cada um seja uma mais-valia para o grupo e para a criança portadora de deficiência. Nesta perspetiva, adquire importância relevante o desempenho do professor, no que respeita à diversificação das práticas pedagógicas e no desenvolvimento de metodologias e estratégias que facilitem a progressão da aprendizagem dos alunos, tais como, a diferenciação pedagógica, adaptações curriculares ou o trabalho cooperativo.



 A Educação Especial apresenta um percurso em constante mudança.



Da situação em que a criança com Necessidades Educativas Especiais (NEE) era excluída do contexto socioeducativo, passámos para uma nova realidade: a inclusão. Nessa realidade tornou-se evidente a preocupação em dar resposta a todas as crianças com NEE.

A adequação da prática educativa e o estabelecimento de relações interpessoais empáticas podem contribuir para a promoção desse envolvimento, de modo a que o atendimento proporcionado às crianças com NEE as encaminhe no sentido do sucesso educativo. Daí que a atitude e a qualidade científico-pedagógica dos docentes se torne relevante. Aos educadores é exigido o desenvolvimento de uma pedagogia –EDUCAR- centrada na criança, a adaptar-se às hipóteses estabelecidas quanto ao ritmo e natureza dos processos de aprendizagem (Declaração de Salamanca, 1994).

O artigo seguinte pretende ser uma articulação entre a teoria e a prática das várias tipologias das Necessidades Educativas Especiais, possibilitando assim a transformação das representações sobre a realidade e das ações concretas sobre a realidade, num processo dialético.

Nas páginas referentes às tipologias, é possível aceder a uma série de orientações curriculares a serem adotadas pelas escolas e professores quando se deparam com uma criança com Baixa Visão e Cegueira











No conjunto de crianças que fizeram parte da visita inclui-se um grupo de meninos que pertencem ao Clube de Proteção civil.

Figura 2 










É neste âmbito, dos Clubes de Proteção Civil que se proporciona a nossa cooperação. 

Os clubes de Proteção Civil, contam com inúmeras atividades, físicas e lúdicas, tal como disponibilizam a um vasto leque de crianças informação e instrução.
Neste grupo em especial trabalha diversos temas da Proteção Civil e tenta adaptar os mesmos as suas diferenças.


O grupo de trabalho com Necessidades Educativas Especiais, é um grupo muito interessante, com diferentes personalidades e realidades, no entanto consegue mediante as suas dificuldades adaptar-se as situações e desempenhar um excelente trabalho.  


Um conhecimento…uma dica.


Uma forma de conhecer a vulnerabilidade das instalações, dos equipamentos e dos espaços onde as crianças, adolescentes e jovens circulam é por meio da identificação dos riscos no ambiente escolar, com o objetivo de corrigi-los ou eliminá-los:

  • Esse procedimento implica diagnóstico de situação com propostas de correção e envolvimento dos gestores e gerentes da educação e da saúde na adoção de soluções.
  • Uma escola inclusiva deverá também considerar ambientes e equipamentos que permitam acessibilidade e livre-trânsito e apoio aos estudantes com deficiência.
  • Os projetos e atividades relacionados com a comunidade educativa e os riscos do ambiente na saúde, como as áreas de lazer inadequadas, muros e vias de acesso, trânsito e outros que ofereçam riscos aos alunos, deverão apelar à participação dos jovens nos processos de tomada de decisão e no desenvolvimento de ações que contribuam para um ambiente saudável e sustentável, por meio da partilha de boas práticas e de um trabalho em rede (PORTUGAL, 2006).



“A Educação Ambiental é cada vez mais sinónimo de uma forma de aprendizagem que pretende privilegiar a educação para a tomada de consciência ambiental e para o desenvolvimento sustentável. A necessidade de uma educação que tenha como objetivo a formação de cidadãos com cultura ambiental, intervenientes e sobretudo preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do meio ambiente é cada vez mais uma prioridade a assumir. Porém, nem todos os cidadãos possuem a capacidade e acessibilidade de receber uma educação ambiental adaptada às suas capacidades."

 "Em 2006, durante o V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental foi proposto a inserção de uma educação especial envolvendo pessoas com deficiência nas políticas públicas e programas de educação ambiental. Apesar de em Portugal não haver valores concretos em relação ao número de pessoas com deficiência, a sua integração e inclusão na educação ambiental é uma realidade que deve ser encarada como sendo um direito comum à vida. O objetivo desta comunicação é discutir e aprofundar a temática da educação ambiental para deficientes, tendo como base, o caso de estudo do Eco parque Sensorial da Pia do Urso, sendo o primeiro eco parque em Portugal destinado especialmente para invisuais. In Educação Ambiental na Deficiência: Caso de Estudo doEco parque Sensorial da Pia do Urso






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Até Breve.


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