quinta-feira, 24 de abril de 2014

Bombeiros e a Saúde Pública


Os Bombeiros e a saúde



Olá caros leitores!



Ainda em consonância com o tema dos incêndios florestais, hoje vamos centrar-nos num dos seus atores: o Bombeiro.


Figura 1 - O Bombeiro


 “O Bombeiro é um indivíduo que íntegra de forma profissional ou voluntária um Corpo de Bombeiros, tem por atividade cumprir as missões destes, nomeadamente a proteção de vidas humanas e bens em perigo, mediante a prevenção e extinção de incêndios, o socorro de feridos, doentes ou náufragos, e a prestação de outros serviços previstos nos regulamentos internos e demais legislação aplicável.” In Decreto-lei nº 241/2007de 21 de Junho


Embora todos possamos vivenciar uma ou mais situações de adversidade (O conceito de adversidade é utilizado para designar situações que podem ameaçar a saúde física ou psicológica do ser humano) há grupos que, por inerência à sua atividade profissional, estão, à priori, mais sujeitos a este tipo de situações. 
Entre estes, destacam-se os profissionais de socorro, isto é, profissionais que atuam em situações de emergência ou crise, designadamente os Bombeiros, Paramédicos e Polícias...


“Regra geral tendemos a pensar que os operacionais de socorro se destinam apenas a cuidar e socorrer os outros, e não concebemos que eles possam ser afetados por problemas de saúde. De entre as profissões apontadas com maiores índices de stress, a emergência pré-hospitalar está praticamente no topo da lista. Estudos recentes realizados em diversos países mostram que os operacionais de socorro relatam uma grande variedade de stressores, incluindo na maioria das vezes a constante e continuada exposição a incidentes traumáticos”. (D.Marcelino, 2012)




Uma investigação com 203 Bombeiros dos Estados Unidos da América (EUA) e 625 do Canadá que analisou a exposição a incidentes potencialmente traumáticos durante o ano anterior ao estudo, revelou que o número médio de exposição era de 6.47 para a amostra dos EUA e 3.19 para os Bombeiros Canadianos. Num estudo realizado com 131 Bombeiros dos EUA, os autores constataram que, no ano anterior, 67% dos Bombeiros responderam a mais do que um incidente por dia, 12% responderam a um incidente por dia, 18% a um incidente por semana e os restantes 2% a um incidente por mês” in Exposiçãoadversa psicopatologia e queixas de saúde em bombeiros portugueses (C. Carvalho& A. Maia, 2009)

Também um estudo realizado sobre a prevalência do Transtorno de stresse Pós-Traumático (TEPT) entre bombeiros em Israel indica que cerca de 90% destes apresentam algum tipo de sintomas totais ou parciais.
De acordo com o estudo realizado pelo Bombeiro Marc lougassi, da Ben-Gurion University of the Negev, , 24% dos bombeiros ativos em Israel sofrem de PTSD total, 67% apresentam PTSD parcial, enquanto apenas 9% não apresentaram sintomas.
O PTSD pode ocorrer após a exposição a ferimentos graves para em si mesmo ou em outra pessoa, ou à morte de outra pessoa e resultar em sintomas de estresse recorrentes, como pesadelos, dificuldade de dormir e outras dificuldades por mais de um mês.

Em Portugal, são escassos os estudos sobre esta temática.
 No entanto,  O stress é uma constante na vida destes profissionais, por diversas razões já apontadas. A titulo de exemplo, a taxa de sinistralidade rodoviária é uma das maiores causas de morte - Esta realidade tem um impacto tremendo na saúde física e psicológica do Bombeiro que, por inerência da profissão tem de conviver com cenários de uma violência física extrema bem como com a ansiedade e a angustia latente decorrente da situação de quem se vai socorrer (poderá ser um familiar...) 
Consulte:

Figura 2  - Bombeiros a socorrer um acidente rodoviário 

Outras das vertentes, em estudo, sobre os riscos que comporta a profissão de Bombeiro, são as doenças cardiovasculares.
O combate dos incêndios aumenta consideravelmente o risco de se morrer de falência cardíaca, segundo um estudo publicado em Washington, que sugere que o trabalho dos Bombeiros é, de longe, a profissão mais perigosa em relação as doenças do coração, o estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard demonstrou que, apesar da crença comum de que riscos chave de morte na categoria incluem a inalação de fumo e o risco de queimaduras, "a principal causa de morte entre os bombeiros americanos são as doenças cardíacas".
Desse estudo destacam-se os seguintes dados, 45% das mortes de bombeiros na última década foram atribuídas a "eventos cardiovasculares", contra 22% na polícia, 11% entre profissionais médicos de emergência e 15% em todas as outras profissões.
O estudo que será publicado no New England Journal of Medicine, refere que dos 1.144 bombeiros que morreram no trabalho durante o período, 39% das mortes foram atribuídas as doenças cardíacas. Segundo os autores do estudo, os fatores que contribuem para a elevação das taxas de mortalidade poderiam ser atribuídos aos "efeitos que o esforço vigoroso tem nos bombeiros” Referindo que: "Muitos bombeiros encontram-se acima do peso e não praticam atividade física adequada", acrescentaram, citando um estudo de 2005, segundo o qual "mais de 70% dos departamentos de bombeiros não tinham programas de higiene, segurança e saúde e exercício físico.


Um bombeiro do estado americano do Michigan colocou uma câmara de filmar no capacete durante o período de um ano e produziu um video de forma a mostrar como é combater os incêndios e o que os bombeiros enfrentam todos os dias, que pode ser visualizado AQUI


verifica-se que trabalhar diariamente sob o risco de morte ou de adquirir alguma doença, é um fator que tem sido estudado e debatido constantemente pela sociedade sob a legislação trabalhista, em âmbito mundial. Geralmente, uma profissão requer estudo, capacitação, e treinamento, em casos de atuação numa profissão de risco, o profissional deve ser reciclado constantemente e bonificado quando exposto a situações de perigo e insalubridade. Além do risco físico e psicológico, em determinadas situações, o profissional fica exposto à riscos químicos e biológicos, como é o caso dos Bombeiros.

desempenho de atividades como a dos bombeiros, à exposição a riscos ocupacionais, é uma constante com potencial de gerar danos de forma direta ou indireta na saúde.
Os bombeiros, no seu atendimento a emergências, em ambientes e locais desconhecidos, ficam expostos por vezes a substâncias tóxicas, desconhecidas e nocivas ao organismo, quando absorvidas, 
Ficam também expostos a produtos químicos voláteis como o hipoclorito de sódio (sendo o seu poder tóxico muitas vezes negligenciado) diariamente aquando do manuseamento e desinfeção de viaturas e materiais. 

Em relação à transmissão dos agentes biológicos, esta ocorre através do contato direto ou indireto - as vias de transmissão mais fluentes são as vias aérea e sanguínea.

Quanto aos riscos ergonómicos a que os bombeiros estão expostos na sua rotina de atividades pode-se citar - o esforço físico intenso, o levantamento e transporte manual de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos; trabalho em turnos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e movimentos repetitivos.

Figura 3 - O peso carregado pelos Bombeiros nas escadas do WTC

  
Nestes casos, de profissões de risco elevado, é importante existir uma articulação entre a entidade empregadora e o trabalhador; o trabalhador deve ter conhecimento e consciência dos riscos que corre. Deve existir uma articulação entre a teoria e a prática de forma a que o profissional  possa assumir determinados riscos. Deve existir uma especialização na área, deter domínio da atividade e ter conhecimento sobre normas e métodos de segurança.
Quanto à entidade empregadora, deverá assegurar não só as condições materiais para o exercício da profissão como garantir conhecimento através da formação das envolventes do risco.

Os Bombeiros, por inerência da sua atividade profissional, encontram-se permanentemente expostos a incidentes, à desorganização, confusão, cenários de destruição e inúmeras vezes rodeados de sofrimento e dor das vítimas, pelo que têm grandes probabilidades de se tornarem vítimas secundárias de stress pós-traumático. 
Perante o nível de exigência a que estão sujeitos, a frustração é muitas vezes uma constante, fazendo com que estados de irritabilidade e descompensação apareçam, com mais frequência.

 “Em 2002, um estudo de prevalência de stress pós-traumático com consequências no seu dia-a-dia entre os bombeiros voluntários refere que a taxa de incidência é "superior à da população geral", atingindo, na sua maior parte, os homens com idades compreendidas entre os 28 e os 32 anos.” in Publico 11 - 11 - 2004


De forma a contrariar estes problemas é importante existir um maior esforço no apoio psicológico aos Bombeiros, porque sendo esta perturbação uma doença camuflada não existe, por vezes, o tratamento adequado aos pacientes e em muitos casos nem estes são identificados como doentes.
  
É neste sentido, na inexistência de um apoio rápido e sustentando aos Bombeiros vítimas de situações traumatizantes, que a Autoridade Nacional De Proteção Civil decidiu iniciar um conjunto de procedimentos com vista à criação de Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS). Estas equipas encontram-se inseridas numa estrutura de apoio, cuja missão é apoiar a gestão do stress e garantir mais saúde aos Bombeiros que se encontram  a vivenciar uma situação limite.





O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.


Até Breve

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Incêndio Florestais


Incêndios Florestais




Olá caros leitores!


Esta publicação irá abordar um tema particularmente relevante para a época do ano, os Incêndios Florestais.


Todos os anos milhares de hectares são consumidos pelo fogo em Portugal. Os incêndios florestais são uma ameaça para a vida, para os recursos naturais e para a prosperidade do país. 



Incêndio Florestal


A distribuição temporal dos incêndios florestais em Portugal Continental é marcadamente sazonal, verificando-se o maior número de ocorrências e de área ardida nos meses de Julho, Agosto e Setembro, em relação a área ardida nos meses de Inverno não é muito significativa comparativamente ao resto do ano.


Assim, considera-se como período de incêndios florestais em Portugal Continental de 14 de Maio a 15 de Outubro (cerca de 95% dos incêndios ocorrem neste período).

Analises dos Incêndios em Portugal


Um incêndio florestal pode ser designado como um fenómeno físico e químico que resulta da combinação rápida de oxigénio com uma substância combustível, envolvendo reações fortemente exotérmicas, sob uma temperatura elevada, da qual resulta a ocorrência de fogo descontrolado, caracterizado pela libertação de calor, de luz e normalmente de chamas. Decorre num espaço aberto e pode expandir-se livremente, consumindo combustíveis vegetais, constituídos essencialmente por compostos celulósicos e lenhosos (tais como: matos, arbustos e árvores), causando uma forte destruição por onde passa, independentemente da sua origem e do tipo de agente de ignição. Para que ocorra um incêndio florestal é fundamental a conjugação de três elementos: o combustível, o comburente (geralmente, oxigénio) e o agente de ignição (fonte de calor), designando-se esta combinação por triângulo do fogo (Figura 1). Numa perspetiva mais ampla o triângulo de fogo pode ser substituído pelo tetraedro do fogo, com a inclusão do elemento: reação em cadeia (Figura 2) in artigo Impacto dosIncêndios Florestais na Qualidade do Ar

Figura 1
Figura 2












"A origem dos incêndios florestais é de 19% de causas naturais, 35% causas desconhecidas, 3% devido a descuido e 25% de origem criminosa "(discurso do SEAMAI no congressointernacional sobre fogos florestais em 31/01/2003). 


Os incêndios florestais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelo efeito destrutivo que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens. Estes são considerados catástrofes naturais…

Se manifestou interesse em conhecer um pouco mais sobre o assunto pode consultar:

  1. Proteção Civil – Incêndios Florestais
  2. Incêndios florestais
  3. As causas dos incêndios florestais emPortugal continental


No que confere ao aumento da frequência, dimensão e intensidade dos incêndios florestais, nos últimos anos, em Portugal, como noutros países do Sul da Europa, tem vindo a gerar preocupação, em particular no seio das comunidades médica e científica. Os anos de 2003 e 2005 foram particularmente críticos, sendo estes responsáveis pela emissão de diversos poluentes para a atmosfera, com efeitos na qualidade do ar. Em 2003 registaram-se valores de área ardida elevados durante os meses de Verão, enquanto em 2005 se caracterizou pelo elevado número de ocorrências. (Silva Lusitana, 2009)

Figura 3  -  Distribuição espacial da área ardida referente aos grandes incêndios florestais (área ardida superior a 100 ha) ocorridos em 2003, 2004 e 2005, (Silva Lusitana, 2009)-

A distribuição espacial das ocorrências de incêndios florestais em Portugal continental não é uniforme. A média anual de ocorrências por superfície é significativamente maior nos concelhos mais urbanos e limítrofes (apesar de a percentagem de área ardida nesses concelhos ser reduzida). De facto, existe uma correlação positiva entre o número de habitantes e o número de ocorrências. A distribuição das áreas ardidas em Portugal continental é marcada pela existência de uma diferença acentuada entre as regiões Norte e Centro, por um lado, e o Sul, por outro. As regiões do Norte e Centro são bastante mais afetadas, em parte devido ao tipo de vegetação que possuem (com maiores continuidades horizontais e verticais e com maior acumulação de combustíveis), e em parte devido ao relevo mais irregular e à maior pressão humana sobre os espaços florestais. Na região do Sul (Alentejo e Algarve), consideravelmente menos atingida, a exceção é o Algarve, que também é severamente afetado pelo fenómeno (especialmente em anos recentes).


A ocorrência de incêndios nas florestas contribui para a emissão de grandes quantidades de poluentes gasosos e para a libertação de partículas, o que terá repercussões na qualidade do ar e na saúde das populações afetadas. 

De entre os poluentes emitidos pelos incêndios destacam-se as partículas, os óxidos de azoto, o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono. No que se refere às partículas, o facto de existirem em grande abundância no fumo produzido pelos incêndios e tendo em conta que apresentam uma elevada probabilidade de se depositarem nas vias respiratórias, pode levar a um desencadeamento ou agravamento dos problemas respiratórios.

De acordo com a Direção Geral da Saúde (DGS), as condições meteorológicas nomeadamente a presença de ventos e a sua direção podem favorecer ou não a combustão completa e também a dispersão das partículas a grande distância. O monóxido de carbono produzido nos incêndios, entra na corrente sanguínea através dos pulmões e reduz a quantidade de oxigénio entregue aos órgãos e tecidos do corpo. Para um conhecimento mais profundo aconselho a consulta: RISCOS PARA A SAÚDE ASSOCIADOS AO FUMO PRODUZIDO PELOS INCÊNDIOS


Alguns subgrupos da população são mais sensíveis aos efeitos adversos produzidos pelos incêndios, destacando-se as crianças, as grávidas, os doentes respiratórios e cardíacos, os trabalhadores com atividades ao ar livre e os bombeiros.

Enquanto os efeitos do fumo se fizerem sentir, a Direção-Geral da Saúde recomenda algumas medidas que podem ser visualizadas aqui:




Sendo os incêndios Florestais uma preocupação emergente, nesta altura do ano, são desencadeada ações de sensibilização, onde entre outras entidades a ANPC também participa.

Neste sentido que propiciou-se uma ação de sensibilização no dia 8 de Abril com o tema “Os Incêndios Florestais”.

Durante o mês de Março foi solicitado pela parte da Câmara Municipal de Alvito uma intervenção a nível da sensibilização para os incêndios florestais, depois de aprovação pela parte do 1º CODIS, foi transferida para a área da sensibilização a parte referente a esta ou seja a sensibilização para o público mais jovem, que neste caso corresponde a todas as crianças que fazem parte das atividades extras curriculares do distrito de Alvito.

Depois de estabelecidos os contactos com as entidades responsáveis e debatidos os pontos diferenciais, foi estabelecido, mediante a grande diferença de idades do público-alvo (entre os 6 – 12 anos), que a sensibilização iria decorrer no Quartel do Bombeiros de Alvito. O grupo de crianças, mais ou menos 60, foi dividido em 3 grupos e depois cada um realizou uma atividade, sendo acompanhado por um elemento dos bombeiros ou da Proteção Civil. As atividades ministradas pela responsável da valência da sensibilização da Proteção Civil e orientadora do meu estágio incidiram na visualização de um meio de transporte dos bombeiros, ambulância, por um curto percurso num veículo de emergência dos bombeiros e visualização de dois vídeos, um deles o “Tinoni” sobre os incêndios florestais. Todos os grupos realizaram as 3 atividades.

Antes de qualquer intervenção é sempre necessário preparar e organizar, a questão principal a ter em conta é o público-alvo e como fazer chegar a mensagem a este, neste caso é de salientar a forma como foi organizada a exposição do tema para o grupo de crianças em questão, tendo esta constituído uma forma agradável e iterativa para transferir conhecimento.


A título conclusivo, sendo a minha área de formação a saúde ambiental é importante mencionar o contributo desta para a avaliação dos riscos e gestão da poluição ambiental que derivada da intempere que são os incêndios. Por consequente, é sempre importante existir princípios de gestão ambiental, é importante a elaboração de cenários e modelos conceituais, tal como proceder a avaliação dos riscos para a saúde humana e os riscos ecológicos.  

Como é o caso da poluição causada pelo fumo, associada às emissões dos incêndios florestais, esta é considerada uma temática de extrema importância, devido aos riscos evidentes, quer para o ambiente, quer para a saúde humana. 
Entre estes riscos incluem-se o perigos a que está exposto o pessoal operacional no combate aos fogos, causado pela degradação da qualidade do ar e pela diminuição da visibilidade. A investigação já realizada para Portugal continental com recurso à modelação numérica da dispersão do fumo emitido durante um incêndio florestal, para a estimativa dos campos de concentração de poluentes resultantes, permitiu verificar a influência decisiva do fumo libertado na qualidade do ar. 
Para uma consulta mais detalhada do artigo -  (JC Cardoso,2007)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a exposição ao fumo proveniente de incêndios florestais tem sérios impactos na saúde humana que resultam no aumento de entradas nos serviços de urgência e das admissões hospitalares, tal como em doenças do foro respiratório e cardiovascular, e no aumento da mortalidade. 
Em particular, a exposição à PM em suspensão tem vindo a ser associada a doenças respiratórias e cardiovasculares, e mesmo ao aumento da mortalidade.
Estimativas da OMS indicam que anualmente se verificam 100 mil mortes prematuras, associadas à exposição a este poluente. Os efeitos nocivos na saúde, resultantes da exposição ao fumo, podem ser sentidos aos níveis agudo e crónico. Os efeitos agudos -  irritação dos olhos e trato respiratório, diminuição da função respiratória - podem originar dores de cabeça, tonturas e náuseas, que se podem prolongar por várias horas.
É urgente tomar medidas, não só de forma a prevenir os riscos mas também a minimizar os perigos provenientes desta situação que constitui um perigo para a saúde pública.~

Cabendo, também, ao técnico de saúde ambiental, dentro da área da higiene e segurança no trabalho, inspecionar os locais, instalações e equipamentos, observando as condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes, bem como, estabelece normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando a sua observância a fim de prevenir acidentes.

De fato, o problema dos incêndios florestais deve ser abordado tendo em conta as duas dimensões em que se desagrega - a da defesa da vida e de edifícios e da defesa da floresta.  

Um Comentário …uma dica…


Sabiam que os incêndios florestais têm causas variadas, mas a maioria acontece devido à ação humana?

É um fato!
Daí a importância de estar atento às medidas de prevenção e autoproteção recomendadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.








O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.


Até Breve




segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ações de Sensibilização


Emergência – 112



Olá caros leitores.

Só uma população informada pode ter um verdadeiro e indispensável protagonismo num sistema que visa, em última instância, a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos.

De uma forma genérica pode-se dizer que cada vez mais, as direções dos estabelecimentos de ensino  e não só estão sensibilizadas para a questão da segurança e para a importância de uma atitude preventiva e de solidariedade. Este tem sido um processo gradativo, já que se trata fundamentalmente de mudar atitudes e interiorizar um novo conceito de segurança participado por toda a comunidade escolar e social.

No entanto é importante sensibilizar toda a comunidade escolar, professores, funcionários, em especial os alunos, que se deve contribuir para evitar acidentes, cada um deve saber exatamente o que fazer em situações de emergência e perceber a utilidade fundamental dos seus gestos. Desta forma se formam adultos mais exigentes e com uma nova atitude de segurança.

“Prevenimos quando criamos as condições para que os acidentes não ocorram, planeamos quando, antecipadamente, fornecemos informação sobre os procedimentos corretos adotar em situações de emergência.” In Plano de Prevenção e Emergência para estabelecimentos de ensino

Na semana que decorreu foram realizadas, com todas as turmas do pré-escolar da Escola Santa Maria, ações de sensibilização, mediante programa do Clube de Proteção Civil, neste contexto foi visualizado e explorado o vídeo do TINONI, que pretende ser um instrumento de informação sobre segurança infantil para os alunos, pais e professores. 

“Aprender sobre segurança nunca é demais, vamos evitar os riscos do dia a dia, seguindo algumas regras muito simples e adotando comportamentos de prevenção.” In Tinoni

Consulte aqui, os conteúdos das temáticas abordadas: 

Figura 1 - Segurança em casa

Figura 2 - Aprender mais

Figura 3 - Segurança em espaços públicos 

Figura 4 - Sismos



Todos os meses a valência onde decorre o estágio, sensibilização, protocolo e comunicação, em dias específicos, agenda atividades com temáticas de segurança, correspondentes aos vídeos apresentados anteriormente, que são exploradas nas escolas, mediante trabalho desenvolvido pelo Clube de Proteção Civil.  

Um desses projeto, já referido em publicações anteriores é o projeto “Emergência – 112”. No que concerne as escolas o procedimento a adotar, em relação ao projeto “Emergência – 112”, estipula-se da seguinte forma - No contexto de sala de aula é trabalhado com os alunos o conteúdo temático, no qual os alunos devem conseguir memorizar o nome, saber marcar o número do 112 e saber a morada completa, este processo de aprendizagem é gradual e diferenciado, visto que a turma contempla crianças com varias faixas etárias. No que requer a parceria com Autoridade Nacional de Proteção Civil, a valência de sensibilização participa com intervenções mensais, onde se trabalham os temas da segurança e se procede a exposição de todo o trabalho desenvolvido pelos crianças nas aulas, insistindo uma vez mais, na exposição de todo o saber que cada miúdo já conseguiu aprender, numa vertente mais descontraída. A cada ação que se realiza é cada vez mais estimulante contemplar a aprendizagem de cada miúdo e como estes gostam de mostrar o que já sabem, como por exemplo quando se pergunta o numero para o qual se deve marcar no caso de uma emergência, todos querem responder, “112”, ou no caso da morada em que os mais pequenos não conseguiram memorizar tudo, mas tentam se fazer ouvir e expor o que já sabem.

Deste modo, a sociedade educativa pretende conferir uma base igualitária de uma cidadania adaptada às sociedades de informação – cabe à educação desenvolver a capacidade de operação com massas de informações, habilidade necessária para a construção da competência evolutiva - a atualização contínua de saberes em um mundo de rápida evolução. Assim: “para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo da vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, a fim de agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes." in INFORMAÇÃO PARA EDUCAÇÃO: os novos cenáriospara o ensino fundamental. 



Um comentário …uma dica


Hoje iremos abordar um assunto muito importante – o número de telefone correspondente as emergências – o 112

É emergente que toda população saiba como proceder perante uma situação de risco e como utilizar corretamente os recursos disponíveis. Neste sentido expõe-se algumas interrogativas, como:

·         Em que circunstancias se deve ligar o 112
·         Como se pode ligar o 112
·         Quando se deve utilizar o 112
·         O que se deve dizer quando se liga para o 112


Em que circunstancias se deve ligar o 112:

Em que circunstancias se pode ligar o 112 - Em qualquer caso de emergência, de Norte a Sul do País

Como se pode ligar o 112:

O número 112 – Número Europeu de Emergência - pode ser ligado através dos telefones das redes fixas e móvel.
A chamada é gratuita e é atendida de imediato pelos centros de emergência que acionam os sistemas médico, policial e de incêndio, consoante a situação verificada.


Quando se deve utilizar o 112:

O Número de Emergência 112 deve ser utilizado, entre outras situações (desacatos, assaltos), nas seguintes:
  • Acidente de viação: todos os casos relacionados com veículos, quer se refiram a peões atropelados, quer a indivíduos transportados nas viaturas sinistradas.
  • Acidentes no trabalho: os variados casos de sinistro individual ou coletivo ocorridos nos locais de trabalho (fábricas, oficinas, obras, escritórios, armazéns, etc.).
  • Acidentes no desporto: os sinistrados resultantes da prática das diversas atividades desportivas, tanto de competição como de recreio.
  • Quedas: quando as suas consequências exijam transporte em ambulância.
  • Doença súbita: os casos dos indivíduos acometidos de doença que aparente exigirem intervenção hospitalar (dor no peito, falta de ar, perda de conhecimento e outras situações de perigo de vida).
  • Agressão: os casos de indivíduos feridos por agressão que exijam tratamento hospitalar.
  • Intoxicações: os casos de envenenamento, acidental ou não, fugas de gás, etc.
  • Afogamento: todos os casos em que o acidente resultou de submersão.
  • Alcoolismo: todos os casos em que, por virtude de intoxicação alcoólica aguda, esteja em perigo a vida do indivíduo.
  • Partos súbitos: os casos de parto iminente.
  • Incêndios urbanos
  • Incêndios florestais: se avistar o início de um incêndio florestal, ligue de imediato (em alternativa pode utilizar, ainda, o 117).


As Centrais de Emergência ativam os meios de socorro adequados de acordo com a sua informação.



O que se deve dizer quando se liga para o 112:

Antes de ligar 112, informe-se sobre os pormenores que a Central tem necessidade de conhecer:
  • ONDE  (local exato da ocorrência): rua, n.º da porta, estrada (sentido ascendente ou descendente), pontos de referência.
  • O QUÊ  (tipo de ocorrência: acidente, incêndio florestal ou outro, parto, doença súbita, intoxicação, etc.).
  • QUEM  (Vítima/doente, número de vítimas, queixas).

A eficácia do socorro depende da sua colaboração.


Em caso de acidente, tente saber e comunique:
Tipo de acidente  (atropelamento, acidente de viação – moto, ligeiro, pesado – queda, etc.).
    • Quem? (número de vítimas, estado das vítimas – consciente, inconsciente, hemorragias, etc.).
    • Complicações  (queda num rio, encarcerado num carro, etc.).
    • Riscos associados  (incêndio, derramamento de substâncias perigosas, etc.).
Em caso de parto, tente saber e comunique:
  • Tempo de gravidez.
  • Se está ou não com contrações  (de quantos em quantos minutos).
  • Se teve algum problema durante a gravidez.
  • Quantos filhos teve?
Em caso de doença súbita, tente saber e comunique:
  • Queixa principal.
  • Há quanto tempo se iniciou.
  • Quais são os sintomas associados?
  • Doenças conhecidas.












O Instituto Nacional de Emergência Médica, (INEM) é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal Continental, de um Sistema Integrado de Emergência Médica, de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde.

O INEM, através do Número Europeu de Emergência - 112, dispõe de vários meios para responder com eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica que pode consultar no portal da Comissão Europeia 

Encontra-se  também disponível informação sobre o 112 - Número Europeu de Emergência, tal como o seu acesso, promoção e sensibilização do público para a sua correta utilização (boas práticas).


O seu contributo é precioso.
Conto com o seu comentário.


Até Breve.